Eugenio Montale, poeta italiano que ganhou Nobel

Eugenio Montale, poeta italiano que ganhou Nobel Foto: Pixabay
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Eugenio Montale, nascido em 1896, é um dos poucos “verdadeiros mestres” do último século da literatura italiana. Sendo assim, nascido em Génova, numa família de empresários, interrompeu os seus estudos secundários.

E iniciou, privadamente, o estudo de canto com o barítono Ernesto Sivori. Mas a Primeira Guerra Mundial de 1914-1918 (na qual ele serviu como oficial de infantaria) trouxe a morte de Sivori.

Então, Montale se afastou da decisão de ir para a carreira literária. Logo, esse objetivo ficou ainda mais distante. Além disso, havia demonstrado um extraordinário interesse no melodrama, mesmo nos seus aspectos técnicos, porém, não seguiu esse percurso.

Dessa forma, quando começou a se dedicar à poesia já estava na posse de uma rica e versátil cultura e um gosto por Bellini. Também estava atraído pela música de Debussy e pintura impressionista.

Além disso, se dedicou a arte dos grandes romancistas da Europa do século XIX, ao mesmo tempo, compartilhando os interesses de poetas Ligúrianos Roccatagliata-Cecardi, Boine e Sbarbaro.

Diante disso, o blog Benini & Donato Cidadania Italiana abordará sobre esse poeta italiano Eugenio Montale. Ele que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1975 e que nos deixou um legado impressionante!

Eugenio Montale, poeta italiano que ganhou Nobel

Eugenio Montale se dedicou integralmente às atividades criativas e literárias somente depois da guerra. Outrossim, em 1921, contribuiu para “Primo Tempo”, com Solmi e Debenedetti.

E revelou além dos seus dotes poéticos, um talento raro para a crítica através de sua acuidade e independência dos padrões convencionais.

O seu Omaggio um Svevo, publicado em 1925 no jornal milanês “L’esame”, despertou muita atenção, determinando, entre outras coisas, a fortuna de as obras do escritor de Trieste.

Montale estabeleceu-se em Florença no ano de 1928, onde se tornou diretor do Gabinetto Biblioteca Vieusseux. Então, foi um dos inspiradores do primeiro “Solaria”, sendo sempre um dos mais ativos e politicamente não-conformista intelectual florentinos.

Até que, em 1938, recusando-se a aderir ao partido então no poder, foi demitido do Gabinetto Vieusseux pela direção superior.

Em 1925 publica sua primeira coletânea de poemas

Em 1925, publica a sua primeira coletânea de poemas, Ossi di seppia, que rapidamente se tornou num dos “clássicos” da poesia contemporânea em língua italiana.

Logo, nos seus versos o sentimento aparece misturado por um grave rigor intelectual. E evocado com plenitude íntima e ardente nas vistas impressionantes da paisagem mediterrânica.

Então, alguns críticos viram acertadamente Ossi di seppia uma continuidade singular introspectiva, como o moderno tubarão romance. E que está ligado à história do protagonista, encontrando a sua forma mais desenvolvida forma no poema “Arsénio”.

Quando Le occasioni (1939) foi publicado, trouxe uma coerente confirmação dessa linha interna de desenvolvimento. E que, tendo um novo cunho clássico-moderno, identificou-se com a grande poesia metafísica contemporânea.

Em Le occasioni, poesia e cultura italianas foram, a partir de então, o reconhecimento de um livro que reflete a solidão. Como também a agonia sobre a condição humana de quem lucidamente fez opressão fascista criando uma música de estoicismo nobre.

A biografia de Montale é uma crônica de poesia

A Segunda Guerra Mundial viu a publicação, em 1943, de Finisterra. Sendo assim, é uma coleção que, publicada em Lugano em duas sucessivas edições de tiragens modestas, constituiu uma das pedras angulares da bufera volume e La altro, uma consistente manutenção de toda a sua obra, impressa em 1956.

La farfalla di Dinard – que a partir de noventa e seis páginas da edição de 1956 foi ampliada, de uma edição para outra, nas 273 páginas da edição de 1960 – apresentou Montale como sendo o escritor original da biografia e prosa imaginativa, quase um narrador, com flashes de humor malicioso, mas com um elegíaco espírito.

Em 1961, Montale recebeu um diploma honorário da Universidade de Roma e pouco depois, nas universidades de Milão, Cambridge e Basileia. Em 1967, o presidente Saragat nomeou-o senador vitalício, em reconhecimento das suas realizações de destaque na literatura e áreas artísticas.

Então, esse evento revelou-lhe, em certo sentido, a obrigação de ir todos os dias à redação do “Corriere della Sera”, onde ele estava a trabalhar como editor de música, crítico e especial correspondente desde 1948.

Logo, as seguintes obras, em prosa, assim como em poesia, confirmaram a vitalidade de um escritor. E que, fiel aos temas fundamentais do início da sua carreira (o Universo marcado pelo fracasso inevitável e a dor como um estigma existencial), conseguiu reunir experiências.

Como também importantes momentos das transformações espirituais do nosso tempo. E, então, eis abaixo as suas obras:

  • Auto da Fé (1966 e 1972);
  • Fuori di casa (1969 e 1975);
  • Quaderno di tradazioni (1948 e 1975).

Portanto, são livros que dão uma ideia da vastidão dos seus interesses. E da versatilidade do seu talento, mais tarde confirmado por La bufera e altro (1970).

Eugenio Montale, poeta italiano que ganhou Nobel Foto: Pixabay

Arnoldo Mondadori, a editora publica obra de Montale

Em 1971, a editora Mondadori publicou a sua quarta coleção de poesia, Satura, que logo se tornou um best-seller. Assim sendo, o livro, exibindo a habitual linguística de ambiguidade típica de Montale, alude a uma poesia que perturba a sua própria!

Além disso, mexe nos padrões dos outros, incluindo, de forma paradoxal, muito mais do que é comum (até mesmo para Montale) para incluir na estilística e linguística modelos de poesia:

  • Solicitações de meditação, temas existenciais do homem ainda, de alguma forma cristã e ocidental, a sabedoria. Mas nada de senil, humor subtil e provocante em face de um mundo que muda. Além disso, prossegue ao longo de seu percurso trágico e misterioso.

Grande poesia de Eugenio Montale

A grande poesia de Montale, na verdade, nasce da busca pelas presenças que revelam e libertam o mundo oculto, como espectros e amuletos. Desse modo, não é insuscetível às lições de estilo de Pascoli e Gozzano.

Nem para os contemporâneos que escrevem em Inglês. Logo, Montale tem por sua vez influenciado jovens poetas italianos, mesmo pós-Ermetismo.

Depois de um volume de artigos culturais, La farfalla di Dinard, publicou em 1973, ainda com Mondadori, Diario 1971-1972. E que contém a mais recente poesia lírica, que nasceu de uma reflexão moral não muito diferente do que trouxe à luz do dia nos poemas de Satura.

Atento aos efeitos da história, a poesia Montale destaca-se como agradável para os espíritos. E que estão cientes das consequências (das quais, a partir de muitos aspectos, ainda não tenhamos visto o fim) da tragédia segundo mundo.

E que o escritor viu como reflexos temporários de um mal sem origem e sem fim. Logo, de acordo com uma parábola que faz dele pertencer à parte mais consciente do intelecto europeu.

Enfim, vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 1975, Eugenio Montale faleceu aos 84 anos na cidade de Milão, Itália, em 12 de setembro de 1981.

E, então? Se quiser, compartilhe algo sobre esse nobre poeta italiano!

Benini & Donato Cidadania Italiana

Resgatando suas origens

Processos de direito ao reconhecimento de cidadania italiana:

I – Processo administrativo no Brasil via consulado italiano;

II – Processo administrativo na Itália via comune;

III – Processo Judicial na Itália no Tribunal de Roma via “materno” ou “paterno” contra as filas consulares.