Novamente o blog Benini & Donato Cidadania Italiana traz os demais sabores italianos que são tradicionais no país. Sendo assim, aprecie outras comidas tradicionais italianas abaixo.
Ademais, leia a Parte I que também descreve a história e outras iguarias desse destino incrível.
Sabores Italianos – IV – Cacio e pepe
Cacio e pepe (queijo e pimenta) é um dos símbolos gastronômicos mais significativos de Roma. Mas o que torna esse prato (aparentemente) simples uma das melhores comidas tradicionais italianas?
Primeiro, a simplicidade de seus ingredientes. Logo, cacio e pepe leva apenas macarrão, queijo pecorino e pimenta. No entanto, seguindo o preparo correto, esses três itens podem resultar em um prato maravilhoso, prova de que cozinhar nem sempre precisa ser complexo para ser brilhante.
Em segundo lugar, sua história. Então, cacio e pepe é uma verdadeira instituição romana, e suas origens estão ligadas às raízes rurais de Roma.
Antigamente, quando os pastores romanos precisavam levar os rebanhos de um pasto para outro por longas distâncias, traziam alimentos ao mesmo tempo calóricos, fáceis de transportar e com boa durabilidade. É por isso que eles sempre tinham carne seca e tomate, pimenta, queijo e um pouco de massa seca.
Mas há uma razão por trás da escolha desses três últimos ingredientes. A pimenta preta estimulou diretamente os receptores de calor e ajudou os pastores a se protegerem do frio.
Então, pecorino envelhecido pode ser preservado por um longo tempo. Por último, a massa forneceu uma quantidade adequada de carboidratos e calorias.
Com o tempo, essa mistura se espalhou para os campos do Lácio e regiões vizinhas, levando ao surgimento do cacio e do pepe. Resumindo: é graças aos antigos pastores romanos que hoje temos essa deliciosa comida tradicional italiana!
Por fim, uma curiosidade: hoje o cacio e pepe é servido bem cremoso. Mas as lendas dizem que, no passado, as tabernas serviam-no seco. O motivo? Para ajudar na venda de vinho. Afinal, quanto mais queijo e pimenta os clientes comiam, mais eles tinham que beber.
V – Tiramisù
Leve, cremoso, suave e com um delicioso toque de café. Desse modo, esse é o tiramisù, um dos doces mais populares de toda a Itália.
Ao mesmo tempo, é também uma das comidas tradicionais italianas mais conhecidas e amadas em todo o mundo. Mas você sabia que, ao contrário de outros pratos dessa lista, o tiramisù tem uma história razoavelmente recente?
Logo, o Tiramisù nasceu na década de 1970 em Treviso. E sua história mostra como os hábitos de um povo podem influenciar a culinária do país.
Isso porque por trás do tiramisù atual está o hábito das pessoas da região consumirem batudin, uma espécie de bebida gelada feita com gema de ovo e açúcar.
As famílias camponesas locais usavam amplamente o batudin como um tônico energético para recém-casados, crianças, idosos e convalescentes.
Junto com o batudin, as pessoas também consumiam chantilly e biscoitos secos chamados baicoli. Desse modo, os confeiteiros começam a assimilar o hábito e, com o tempo, nasceu o atual tiramisù.
Segundo o gastrônomo Giuseppe Maffioli, foi a chef Loly Linguanotto quem finalizou a alquimia, criando oficialmente o tiramisù no restaurante Alle Beccherie.
Uma curiosidade: o nome dessa deliciosa comida tradicional italiana vem de “tirame su” (algo como “levantar-me” ou “puxar-me para cima”), uma referência às capacidades energéticas do doce original.
VI – Bistecca alla fiorentina
Há também um lugar para quem ama carnes em nossa lista de comidas tradicionais italianas! Se você já foi a um restaurante típico em Florença, provavelmente ficou surpreso ao ver um enorme e suculento pedaço de carne servido.
Provavelmente, foi uma bistecca alla fiorentina, um clássico da cozinha toscana e uma das icônicas comidas tradicionais italianas. Em outras palavras, é um bife grande com cerca de 2,2 a 3,3 de comprimento e cerca de 2 centímetros de espessura, exposto ao calor apenas por alguns minutos.
É, portanto, servido muito tenro e raro. Além disso, a tradicional Fiorentina é um bife da raça “chianina”, típico da Toscana.
As origens da bistecca alla fiorentina são muito antigas e estão ligadas à história de Florença e suas festas.
Nelas, a carne era assada com vinho, depois servida ao povo. A festa, claro, foi muito esperada por todos ao longo do ano. Foi tão importante que se tornou um símbolo das tradições de Florença.
Finalmente, a origem da palavra “bisteca”. Diz também a lenda que os mercadores e aristocratas anglo-saxões que visitavam as festividades de San Lorenzo pediam cada vez mais “bife”. O termo foi “italianizado” e assim transformado em “bisteca”.
VII – Tortellini, um dos sabores italianos deliciosos
Primeiro, se você nunca ouviu falar de tortellino (plural é tortellini), deixe-nos apresentá-lo. Assim sendo, é uma massa recheada com carne ou presunto, com a forma de um concha.
Então, uma jóia da Emilia Romagna e uma das comidas tradicionais italianas com uma história surpreendente!
Como muitos pratos italianos, o tortellini tem suas origens disputadas por duas cidades. Nesse caso, estamos a falar de Bolonha e Modena, onde é um clássico gastronómico e faz parte de memórias afetivas e tradições familiares.
A principal é que tudo começou na batalha de Zappolino, nos anos 1300, entre Modena e Bolonha. Enquanto esperavam pela ação, os deuses que acompanhavam os modeneses (incluindo a deusa Vênus) pararam para descansar em uma pousada em Castelfranco Emilia.
Finalmente, o tortellini é uma das comidas tradicionais italianas mais emblemáticas. Prova disso é que até o premiado chef Massimo Bottura, de Modena, é fã de tortellini e oferece uma versão do prato em seu restaurante 3 estrelas Michelin, Osteria Francescana.
Finalizamos com os VII sabores italianos e queremos saber quais você mais gostou ou já experimentou. Portanto, compartilhe conosco.
Benini & Donato Cidadania Italiana
Resgatando suas origens
Processos de direito ao reconhecimento de cidadania italiana:
I – Processo administrativo no Brasil via consulado italiano;
II – Processo administrativo na Itália via comune;
III – Processo Judicial na Itália no Tribunal de Roma via “materno” ou “paterno” contra as filas consulares.