Biografia de Benozzo Gozzoli – Pintor do início do Renascimento

Biografia de Benozzo Gozzoli – Pintor do início do Renascimento Foto: Flickr
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Benozzo Gozzoli nasceu em 1420 em Florença, filho do alfaiate Lese di Sandro

No início do Renascimento, a formação e o treinamento em ourives estava sendo comum nesse período. Assim sendo, não foi diferente com o pintor Benozzo Gozzoli cujo pai era um alfaiate.

Logo, aos 27 anos, ele começou a trabalhar com Fra Angelico, cerca de 1395 a 1455, em Orvieto e também em Roma. E hoje o blog Benini & Donato Cidadania Italiana explorará brevemente sobre as suas obras como pintor.

Trabalhos de pintura de Benozzo Gozzoli

Durante seus anos de aprendizado, por volta de 1438 a 1444/45, na oficina de Fra Angelico, Benozzo Gozzoli participou da decoração das celas do mosteiro dominicano de San Marco.

Logo, após concluir a obra em San Marco, Benozzo assinou um contrato com Lorenzo Ghiberti (1378-1455). Com isso, decidiu trabalhar com ele por três anos na segunda porta do Batistério de Florença, a Porta do Paraíso, a partir de 24 de janeiro de 1445.

Dessa maneira, tanto Fra Angelico quanto Lorenzo Ghiberti influenciaram todo o seu trabalho. Então, de Ghiberti ele aprendeu a precisão em retratar os detalhes mais finos e como ilustrar uma história vividamente.

E de Fra Angelico, ele pegou a paleta de cores brilhantes deste último, que Gozzoli conseguiu transferir para a arte da pintura a fresco.

Gozzoli volta a trabalhar com Fra Angelico

Sendo assim, depois de trabalhar com Ghiberti, Benozzo voltou para Fra Angelico. Desse modo, eles trabalharam em Roma e Orvieto, onde junto com Fra Angelico pintou duas das quatro seções da abóbada da Capela de San Brizio na catedral;

  • Cristo, o Juiz, os Anjos e os Escolhidos e o Coro dos Profetas.

As duas seções da abóbada que permaneceram vazias foram concluídas 52 anos depois, por Luca Signorelli (ca 1445-1523) usando esboços produzidos por Fra Angelico.

Em 1449, Benozzo trabalhou em Montefalco, na Úmbria, onde deixou afrescos nas igrejas de San Fortunato e San Francesco. Então, sua primeira grande encomenda independente foi o afresco no coro de San Francesco em Montefalco com cenas da vida de São Francisco (1450-1452).

Logo, o ciclo de São Francisco em Montefalco contém um total de 17 episódios da vida. Também obra do santo. E dispostos num total de 12 quadros e um vitral perdido.

Na abóbada, St. Frances está entronizada em glória com anjos de cada lado. Ademais, ele está cercado pelos santos mais importantes da ordem franciscana.

A obra mais fascinante de afrescos de Benozzo Gozzoli em Florença

A encomenda para pintar a Capela Medici privada trouxe o artista de volta a Florença. Já em 1442, o Papa Martinho V havia dado permissão aos Médici para construir uma capela privada com um altar familiar portátil.

A capela, no primeiro andar da residência dos Médici, foi construída por Michelozzo (1396-1472) entre 1446 e 1449 e dedicada à Santíssima Trindade.

Estimulado pelo prestígio associado a essa encomenda e pela abundância de materiais à sua disposição (incluindo ouro), Gozzoli criou um dos mais fascinantes ciclos de afrescos da Florença do século XV.

Alguns historiadores da arte consideram que essa é sua maior obra, e certamente é a mais famosa de suas obras.

O mais tardar em 1463, Benozzo deixou sua cidade natal por causa do perigo da peste. E mudou-se para San Gimignano, onde viveu por quatro anos, até 1467.

Lá, em colaboração com vários assistentes, fez o segundo de sua vida duas grandes obras, a decoração da capela absidal da igreja de Sant’Agostino.

Afresco São Sebastião, por Benozzo

Para a mesma igreja, Benozzo criou um afresco votivo mostrando São Sebastião Intercessor na parede sul da nave. Desse modo, isso é notável porque Benozzo foi contra o cânone iconográfico.

E que segundo o qual São Sebastião deveria aparecer vestindo uma tanga e perfurado por flechas, representando o santo totalmente vestido e ileso. Aliás, o santo é mostrado orando pela proteção das pessoas que o cercam da praga.

Então, Benozzo pintou outro afresco com o mesmo tema, o Martírio de São Sebastião, na parede interna da entrada da colegiada de Santa Maria Assunta em San Gimignano. E nessa ocasião, o santo é representado de acordo com a tradição iconográfica da arte italiana durante o século XV.

Assim sendo, ele passou os anos de 1464 e 1465 em Certaldo em torno de San Gimignano. Então, lá ele criou um tabernáculo que ficava junto à ponte sobre o rio Agliena.

Passavam por ali pessoas condenadas à morte, o que lhe deu o nome de “Tabernáculo dos Condenados”. Em 1958 os afrescos foram retirados e expostos na capela de San Tommaso no Palazzo Pretorio em Certaldo. O tema das imagens é o sofrimento de Cristo e dos mártires.

Benozzo em seus últimos dias de trabalhos

O último período criativo de Benozzo estava sendo em Pisa, onde contratado em 1469. E que foi para realizar um grande ciclo de afrescos para o Composanto.

Além disso, composto por 26 quadros do Antigo Testamento, nos quais trabalharia por 16 anos.

Por conseguinte, os afrescos foram quase totalmente destruídos como resultado de um ataque a bomba em 1944. E que causou um grande incêndio no Composanto.

Logo, as seções não danificadas estavam sendo retiradas das paredes. Além disso, durante o mesmo período criativo, Benozzo permaneceu em Legoli, na província de Pisa.

E de onde fugira em 1478/79 por causa da peste. Então, lá ele criou um tabernáculo, dos quais fragmentos permanecem até hoje.

Desse modo, durante esse último período criativo de sua vida, Benozzo também produziu duas pinturas a óleo, tornando-se um dos primeiros mestres italianos a trabalhar com óleo.

As obras foram a Descida da Cruz e a Ressurreição de Lázaro, ambas pintadas para Dom Pandolfini. Por fim, Benozzo Gozzoli morreu em 1497. E enterrado no mosteiro de San Domenico em Pistoria. Então, conte-nos o que achou desse pintor florentino tão renomado.

Benini & Donato Cidadania Italiana

Resgatando suas origens

Processos de direito ao reconhecimento de cidadania italiana:

I – Processo administrativo no Brasil via consulado italiano;

II – Processo administrativo na Itália via comune;

III – Processo Judicial na Itália no Tribunal de Roma via “materno” ou “paterno” contra as filas consulares.