VII Opções de cafés e cafeterias históricos em Trieste, na Itália

cafés e confeitarias históricos em Trieste
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Cafés e cafeterias históricos em Trieste, na Itália

Mais do que qualquer outra cidade da Itália, Trieste (ao Norte) está intimamente ligada ao mundo do café. Sendo assim, desde o século XVIII, o porto marítimo do Adriático é o principal porto cafeeiro do Mediterrâneo.

E de onde chegam os grãos verdes de todo o mundo. Logo, a capital da região de Friuli-Venezia Giulia também serve como um centro global para a indústria de torrefação de café.

Então, com entre as muitas pequenas empresas locais de torrefação de café também a mundialmente famosa empresa Triestina, Illy. Acrescente a isso os muitos cafés históricos da cidade e você entenderá por que o aroma de grãos recém-torrados e café fresco está sempre girando por toda a parte.

Portanto, se você é um apreciador de café e como um bom italiano, conheça estas sugestões de cafés e confeitarias históricos em Trieste, na Itália. Logo, o blog Benini & Donato Cidadania Italiana convida você a ler e descobrir esse destino fantástico!

VII Opções de cafés e cafeterias históricos em Trieste, na Itália

I – Café San Marco, Trieste

A relação única entre os Triestinos e sua bebida favorita (os habitantes de Trieste bebem quase o dobro de café que o resto da Itália) é até visível em sua língua.

Sendo assim, desenvolveram seu próprio jargão do café, inteligível apenas para os iniciados, que pode ser bastante confuso para os não-locais.

Muitos dos cafés históricos de Trieste usavam suas próprias marcas e misturas de café, e alguns ainda hoje. Na verdade, é exatamente isso que caracteriza a produção de café em Trieste.

E que não tem equivalente no resto da Itália, exceto talvez em Nápoles e Palermo, onde pequenas empresas de torrefação atendem diretamente às cafeterias de Trieste.

Isso cria a experiência única de provar um café diferente em cada café.

II – Café Greco, Trieste

Com o tempo, os cafés passaram a ser associados a grupos socioculturais específicos e não a comunidades nacionais. Sendo assim, alguns cafés tornaram-se pontos de encontro dos irredentistas, nacionalistas italianos.

Logo, defendiam o retorno à Itália de distritos de língua italiana sob o domínio austro-húngaro, como Trieste, Gorizia, Istria e Dalmácia.

Outros eram frequentados pela burguesia ou por homens de negócios. Além disso, havia também cafés literários, frequentados principalmente por intelectuais, escritores e artistas.

Logo, os cafés da cidade se tornaram os lugares para se estar, onde as pessoas podiam se misturar à maneira típica, amigável, mas anônima, da Triestina.

James Joyce, Stendhal, Kafka, Italo Svevo e Umberto Saba e os escritores contemporâneos da Triestina Paolo Rumiz , Fulvio Tomizza ou Claudio Magris tinham cada um seu café favorito.

Infelizmente, muitos dos cafés históricos de Trieste foram destruídos ou transformados ficando assim irreconhecíveis.  Desse modo, Caffè Tergesteo, até recentemente localizado na galeria homônima na Piazza della Borsa, Bar Venier na Piazza Goldoni, Café Garibaldi, Caffè Flora e Caffè Orientale.

Então, os três últimos na Piazza Unità d’Italia, são apenas alguns exemplos do rico café de Trieste. Enfim, o patrimônio cultural se perdeu para a história.

III – Caffè San Marco

O Caffè San Marco é café favorito em Trieste. Logo, talvez até a sua escolha pessoal entre todos os cafés históricos podem apontar para esse local.

Aliás, o lay-out arejado e, ao mesmo tempo, muito acolhedor remetem aos amantes do café. Além disso, a decoração interior cheia de estilo, está tudo temperado com símbolos e metáforas escondidos. E que lembram a origem do café e o seu espírito irredentista.

É também um dos poucos cafés que se manteve fiel à sua tradição de café literário. Com efeito, desde 2013 o café acolhe a livraria San Marco, acrescentando um toque de apelo adicional para quem gosta de ler e escrever num ambiente rodeado de livros, mas não apenas livros.

Concertos, exposições e outros eventos culturais são realizados regularmente, transformando o café em um polo cultural como era no início de 1900. E quando intelectuais, escritores e irredentistas se reuniam aqui.

Um lugar convidativo onde você vem para ler, escrever ou contemplar a atmosfera animada absorvendo as vibrações inspiradoras que pairam no ar há séculos!

IV – Café degli Specchi, um dos cafés e cafeterias históricos em Trieste

Devido à sua localização central na Piazza Unità d’Italia, o Caffè degli Specchi sempre foi o barômetro da vida e da história da cidade. Sendo assim, é o único testemunho do que já foi a praça principal de Trieste repleta de cafés, entre os quais Caffè Garibaldi (sob o Palazzo del Municipio), Caffè Flora (na Casa Pitteri) e Caffè Orientale (sob o Palazzo Loyd), agora parte do passado.

O Palazzo Stratti, edifício onde está situado o Caffè degli Specchi, foi construído pelo grego Nicolo’ Stratti, que também era o titular da licença “bottega da caffè”. Nicolò Privolo, também grego, abriu o café em 1839.

Ele decidiu cobrir as paredes com espelhos gravados, cada um relatando um evento histórico ocorrido na Europa do século XIX. Este foi um movimento estratégico inteligente e não puramente estético. De fato, antes da eletricidade (a iluminação elétrica só foi introduzida em 1933), a maioria dos visitantes saía ao pôr do sol porque os cafés estavam escuros.

Com os espelhos, velas e lamparinas a óleo foram refletidas centenas de vezes, iluminando o café com uma luz cintilante. E que permitia que os visitantes ficassem mais tempo mesmo depois do anoitecer. Aliás, hoje, apenas três dos espelhos originais permaneceram no lugar.

No porão do café há uma relíquia de uma parede do antigo Castello Amarina construída pelos venezianos em 1370. Desse modo, ao lado do local onde o café estava sendo construído havia uma antiga igreja di San Pietro demolida em 1822.

O café foi requisitado em 1945, quando as forças anglo-americanas o usaram como quartel-general da Marinha Real. Até 1954, ano em que Trieste estava sendo anexada à Itália, os moradores só podiam entrar no café acompanhados por militares britânicos.

V – Antico Caffè Torinese

O Antico Caffè Torinese, fundado em 1915, na esquina da Corso Italia com a Via Roma. Assim sendo, pode não parecer muito do lado de fora, mas entre e você ficará absolutamente surpreso. Logo, o café, onde até o teto é coberto com belos painéis de madeira, é uma pequena joia por dentro.

O interior feito de teca preciosa e madeira de árvore frutífera, cuja obra está sendo do marceneiro Giuliano Debelli (logotipo é visível em algumas peças). Então, depois de saber que a Debelli costumava fazer os belos interiores de madeira de navios transatlânticos como Saturnia e Vulcania (1925-1926), você entenderá por que o pequeno café sugere a atmosfera de um navio de passageiros de luxo da Belle Epoque.

O sistema de móveis fixos feito de armários de madeira, gavetas e prateleiras, e o magnífico lustre de cristal, todos lindamente trabalham juntos para conferir uma aura de grandeza a um espaço minúsculo.

Como outros cafés históricos, o café tem sua própria mistura de café, com a marca Antico Caffè Torinese.

VI – Café Stella Polare

Fundado em 1867, ao lado da igreja ortodoxa sérvia San Spiridione, ao longo do Grande Canal, o Caffè Stella Polare sempre foi frequentado por comerciantes, cidadãos e intelectuais locais.

Originalmente, a casa de café se estendia até a Igreja San Spiridione e também era muito mais profunda. Assim sendo, em frente ao café ficava o canal, que na época se estendia até a Via Dante Alighieri.

Desse modo, a casa de café era tão espaçosa por dentro que poderia conter várias mesas de bilhar e cerca de 20 mesas de jogo.

No início de 1904, o antigo prédio de três andares estava sendo demolido para dar lugar ao atual café. Logo, enquanto o Café Stella Polare mudou provisoriamente para um pavilhão de madeira. E localizado em frente à Igreja de Sant’Antonio Nuovo.

VII – Café Tommaseo, um dos cafés e cafeterias históricos em Trieste

O Caffè Tommaseo é o café mais antigo de Trieste, fundado em 1830. Sendo assim, o local era famoso por seus sorvetes e seus concertos. Na verdade, foi o primeiro na cidade a vender gelato no início do século passado.

Originalmente, nomeado Caffè Tomaso, em homenagem ao primeiro proprietário Tomaso Marcato. Assim sendo, localizada na praça homônima, sempre foi ponto de encontro de empresários e políticos.

Só o interior, com seus belos espelhos da Bélgica, tetos decorados e cadeiras de madeira no estilo Thonet, vale o desvio. Ademais, o café foi restaurado em 1997 mantendo o sofisticado estilo neoclássico original.

Os escritores e poetas Pier Antonio Quarantotti Gambini, Pasquale Giuseppe Besenghi degli Ughi. Também James Joyce, Umberto Saba, Italo Svevo, Giani Stuparich eram todos habitués.

Sob o domínio do Império Austro-Húngaro, o café era o ponto de encontro dos revolucionários, como se pode ler numa placa:

Como é a sua paixão por café? Se desejar, conte-nos a sua experiência se já visitou um desses locais de cafés e cafeterias históricos em Trieste.

Benini & Donato Cidadania Italiana

Resgatando suas origens

Processos de direito ao reconhecimento de cidadania italiana:

I – Processo administrativo no Brasil via consulado italiano;

II – Processo administrativo na Itália via comune;

III – Processo Judicial na Itália no Tribunal de Roma via “materno” ou “paterno” contra as filas consulares.