Embora pouco se saiba sobre Piero della Francesca e muitas de suas obras estejam perdidas, ele foi um importante artista do Renascimento italiano. Sendo assim, ele formulou claramente as regras geométricas para construir a perspectiva.
Além disso, fez maravilhosas descobertas empíricas no uso da cor e da luz. Com isso, sua influência impactou muitos outros artistas após ele. E aqui o blog Benini & Donato Cidadania Italiana abordará um pouco sobre sua biografia, vida etc.
Biografia de Piero Della Francesca
O artista nasceu entre 1410 e 1420 em Borgo San Sepolcro perto de Arezzo. Assim sendo, na década de 1430 ele trabalhou em Florença sob Domenico Veneziano.
E ajudando-o com o agora perdido ciclo de afrescos em San Egidio (agora Santa Maria Nuova). Independentemente trabalhou em sua cidade natal.
Também em Roma, Ferrara, Arezzo, Rimini, Urbino e Perugia. Com isso, desempenhou um papel determinante no nascimento de escolas locais de pintura.
Então, em 1452 Piero começou o maravilhoso ciclo de afrescos que tratam das histórias da Verdadeira Cruz para o coro da Basílica de San Francesco (Igreja de São Francisco) em Arezzo.
Logo, os afrescos foram inspirados em histórias da Lenda Dourada do século XIII. Desse modo, o pintor ignorou a sequência cronológica das cenas em favor de “um ritmo estruturado e uma clara simetria entre as paredes”.
Enfim, esse trabalho demonstra o conhecimento avançado de perspectiva e cor de Piero, sua ordem geométrica e habilidade na construção pictórica.
Década de 1450
Na década de 1450, Piero trabalhou para a corte de Rimini. Sendo assim, Piero executou várias obras para o Príncipe de Rimini, incluindo o afresco Sigismondo Malatesta antes de São Sigismundo e o Retrato de Sigismondo.
Logo, durante a década de 1460, o artista trabalhou para o Duque de Urbino, para quem executou a Flagelação de Cristo. E a Madonna Senigallia, o maravilhoso retrato gêmeo do Duque e sua esposa Battista Sforza (Florença, Uffizi), a Natividade.
E, acima de tudo, o incomparável Pala Montefeltro, que por alguns críticos é considerado seu melhor trabalho. Logo, resume as mais nobres aspirações do início do Renascimento.
Segundo Vasari, Piero perdeu a visão na velhice e, incapaz de pintar, escreveu tratados sobre pintura e matemática. Enfim, seu aluno mais conhecido foi Luca Signorelli (c.1445-1523).
A Lenda da Verdadeira Cruz, de Piero Della Francesca
A decoração do coro da Basílica di San Francesco em Arezzo, Itália, começou em 1447. Assim sendo, a obra estava sendo encomendada ao pintor florentino Bicci di Lorenzo, que infelizmente faleceu, tendo executado apenas parte da decoração.
Então, em 1452, a obra foi encomendada a Piero della Francesco. Logo, o tema de seus afrescos – Histórias da Verdadeira Cruz – estava sendo inspirado na Lenda Dourada (Legenda Aurea).
Assim, uma coleção de lendas de santos, publicada no século XIII pelo dominicano Jacobus da Voragine, Arcebispo de Gênova. Piero della Francesco não seguiu a cronologia da história, mas subordina os episódios separados à sua visão artística de toda a composição.
Os afrescos estão situados na seguinte ordem:
I – Exaltação da Cruz;
II – Profeta, afresco de Giovanni da Piamonte;
III – Profeta, possivelmente Jeremias;
IV – Morte de Adão;
V – Descoberta e Prova da Verdadeira Cruz;
VI – Tormento do Judeu (com Giovanni da Piamonte);
VII – Enterro do Bosque (com Giovanni da Piamonte);
VIII – A Rainha de Sabá em Adoração do Bosque e o Encontro de Salomão e a Rainha de Sabá;
IX – Batalha de Heráclio e Cosroes;
X – Anunciação;
XI – O sonho de Constantino;
Batalha entre Constantino e Maxêncio, de Piero Della Francesca
A história em si segue em outra ordem. Assim sendo, começa com Adão em seu leito de morte enviando um de seus filhos, Seth, ao Arcanjo Miguel. E que dá a Seth uma semente da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Sendo assim, a semente foi colocada na boca de Adão no momento de sua morte. Logo, a árvore que cresceu no túmulo de Adão foi derrubada nos tempos do rei Salomão.
Mas sua madeira não podia ser usada para nada, então foi jogada como uma ponte sobre um riacho. Aliás, a Rainha de Sabá a caminho do Rei Salomão estava prestes a pisar na ponte, quando por milagre ela soube que o Salvador seria crucificado numa Cruz daquele bosque.
Em vez de pisar na madeira, ela se ajoelhou e expressou sua adoração. Então, ela correu para Salomão para lhe contar sobre sua revelação.
Depois que Salomão aprendeu sobre a mensagem divina, ele entendeu que a madeira causaria o fim do reino dos judeus. Enfim, ordenou que a ponte estivesse sendo removida e a madeira enterrada.
Séculos mais tarde
Séculos mais tarde, Maria recebeu a mensagem do anjo de que ela foi escolhida para dar à luz o Salvador. Então, as precauções de Salomão não ajudaram – a madeira foi encontrada e Jesus foi crucificado em uma cruz feita dela.
Três séculos depois, os imperadores romanos Constantino e Maxêncio lutavam pelo poder sobre o Império Romano. E pouco antes da batalha da Ponte Milvio, Constantino recebeu uma mensagem em seu sonho de que teria uma vitória se se convertesse e entrasse na batalha como cristão.
Constantino atendeu a profecia, ele foi para a batalha segurando uma cruz na frente de si mesmo.
Após a vitória de Constantino, sua mãe, Helena, profundamente comovida com a conversão do filho, decidiu ir a Jerusalém e encontrar a Verdadeira Cruz. Na Cidade Santa apenas um homem, um judeu chamado Judas, sabia o paradeiro da Cruz, mas só revelou o segredo após tortura.
Judas levou Helena ao templo de Vênus sob o qual estavam escondidas as três cruzes do Calvário. E Helena ordenou que o templo fosse destruído e sob ele foram descobertas as três cruzes.
A Verdadeira Cruz ressuscitou milagrosamente um jovem morto e assim foi identificada.
Outros três séculos se passaram e em 615 d.C. o rei persa Chosroes roubou a Santa Cruz, colocando-a como objeto de adoração.
O imperador de Bizâncio, Heráclio, iniciou uma guerra contra Chosroes e o derrotou em 628 d.C em uma batalha no Danúbio. Então, Chosroes executado e a Verdadeira Cruz recapturada.
Heráclio o levou para Jerusalém e o carregou descalço, assim como Cristo fez uma vez. Logo, os cristãos apressaram-se a conhecer e adorar a relíquia.
Conte-nos o que achou dessa biografia de Piero Della Francesca e sobre seus afrescos.
Benini & Donato Cidadania Italiana
Resgatando suas origens
Processos de direito ao reconhecimento de cidadania italiana:
I – Processo administrativo no Brasil via consulado italiano;
II – Processo administrativo na Itália via comune;
III – Processo Judicial na Itália no Tribunal de Roma via “materno” ou “paterno” contra as filas consulares.