Biografia de Maurizio Cattelan – Infância, trabalhos, obras e legado – Parte II

Biografia de Maurizio Cattelan – Infância, trabalhos, obras e legado – Parte II
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Desde o início dos anos 1990, o artista italiano Maurizio Cattelan está sendo considerado um dos provocadores mais importantes da arte contemporânea. Por essa razão, o blog Benini & Donato Cidadania Italiana abordará mais informações a respeito de seus trabalhos, obras e legado.

E se você ainda não leu sobre sua infância e início dos primeiros trabalhos, então, clique em Parte I e leia. Confira abaixo mais detalhes nessa Parte II.

Biografia de Maurizio Cattelan – Período de amadurecimento na arte

O minimalismo também informa a esfera social e os relacionamentos de Cattelan. Sendo assim, muitos de seus amigos, colegas, familiares e parceiros românticos observam que ele prefere ficar sozinho. E não gosta de se aproximar ou ter intimidade com muitas pessoas.

Desse modo, quando em público, Cattelan é conhecido por ser enigmático, dançando entre o mesmo tipo de extremos emocionais que ele apresenta em sua obra – de triste depressivo a palhaço de classe, tudo em questão de momentos.

Talvez o fato de ele sentir essa necessidade de estar sempre “ligado” em situações sociais, como a personificação humana de seus ideais artísticos que estimulam mudanças constantes em seu comportamento, seja a razão de sua vida pessoal escassa.

“Às vezes me vejo como uma caixa trancada”, afirmou, “muito distante de mim e dos outros. Mas me sinto com sorte, porque sou o dono do meu tempo, e você não pode comprar tempo”.

No entanto, algumas amizades foram centrais em sua vida e desenvolvimento profissional. Então, uma mudança importante na carreira de Cattelan veio quando ele conheceu Maurizio Bonami, diretor da Bienal de Veneza.

Os amigos de Cattelan

Logo, se tornaram amigos rapidamente, em parte porque ambos eram imigrantes italianos tentando navegar no mundo da arte de Nova York. E em outra parte porque ambos moravam na mesma rua no East Village.

Para tanto, Bonami deu a Cattelan um lugar de destaque na Bienal de 1993. Desse modo, em 1997, Maurizio conheceu o curador e crítico de arte ítalo-americano Massimiliano Gioni. Então, Gioni representou ou representou Cattelan (em entrevistas, palestras e outras aparições) por quase uma década.

Outro amigo de Cattelan é o galerista de Milão Massimo de Carlo, que diz: “Maurizio é o perfeito conhecedor de muitos aspectos diferentes do mundo da arte”.

Logo, em um trabalho notável, A Perfect Day, 1999, ele prendeu De Carlo na parede por quase duas horas “como uma crucificação estranha e profana”. E o tempo misturado com as luzes quentes da galeria fez de Carlo desmaiar e ele foi levado para um hospital de ambulância.

Em outra peça, Errotin, la Vraie Lapin , 1995 , Cattelan fez o galerista parisiense Emmanuel Perrotin vestir uma fantasia de coelho rosa em forma de pênis grande. Em ambos os casos, Cattelan encontrou uma maneira de tornar as pessoas “cúmplices de seu próprio abuso”.

Já em 1999, Cattelan decidiu organizar sua própria bienal, a 6ª Bienal do Caribe, que atuou como uma espécie de farsa sobre o conceito de bienal. Logo, vários artistas, incluindo Olafur Eliasson, Chris Ofili e Gabriel Orozco, foram convidados para um hotel nas Bahamas, juntamente com outras elites do mundo da arte.

No entanto, não havia nenhuma obra de arte, e o evento foi essencialmente um feriado do mundo da arte. Para tanto, Jenny Liu, jornalista da revista Frieze, ficou absolutamente horrorizada.

Ela descreveu o evento como “uma hipocrisia surpreendente” e “um ato travesso de sabotagem do mundo da arte”. Enfim, Cattelan explicou simplesmente que era “uma exposição de tudo o que envolve a arte”.

Recebeu diploma em 2004 e, Trento, na Itália

Em 2004, Cattelan recebeu um diploma honorário em Sociologia da Universidade de Trento, Itália. Logo, entre 2005 e 2010, dedicou-se mais à edição e curadoria.

Sendo assim, foi curador da Bienal de Berlim de 2006 e colaborou como editor em várias publicações, incluindo as revistas Permanent Food , Charley e Toilet Paper, com Dominique Gonzalez Foerster, Paola Manfrin, Ali Subotnick e Massimiliano Gioni.

Em 2011, durante sua enorme retrospectiva All no Solomon Guggenheim Museum em Nova York, Cattelan anunciou sua aposentadoria do mundo da arte, afirmando:

“Comecei a me sentir tão distante das coisas que estava fazendo, como se estivesse sob algum tipo de anestesia.” Para confirmar essa intenção, ele promoveu a retrospectiva com imagens de si mesmo carregando uma lápide que dizia “O Fim”.

No entanto, ele logo mudou de ideia, afirmando em 2016 que “está sendo ainda mais uma tortura não trabalhar do que trabalhar”.

Legado de Maurizio Cattelan

Por quase três décadas, Cattelan vem liderando uma geração de artistas que usam humor satírico para criticar o próprio mundo da arte, bem como os males mais amplos da sociedade.

Por exemplo, o artista de rua britânico Banksy colocou sub-repticiamente um inflável de um prisioneiro encapuzado da Baía de Guantánamo no passeio Big Thunder Mountain na Disneylândia em 2006.

E causando choque e confusão nos transeuntes, assim como no trabalho sem título de Cattelan de 2008, no qual ele pendurou as figuras de três crianças com laços de um galho de árvore no centro de Milão.

Assim sendo, a jornalista do ArtForum, Emily Hall, resume bem Cattelan: “Ele é eminentemente conhecido como um brincalhão, um santo tolo cujas piadas nos revelam a nós mesmos”.

Logo, por ter feito isso enquanto alcançava níveis chocantes de sucesso, ele continua sendo uma inspiração para artistas que desejam evitar os limites de uma carreira artística tradicional. Segundo a amiga e documentarista Maura Axelrod, seu trabalho “é sempre super presciente”.

Finalizamos a Parte II com essa biografia de Maurizio Cattelan, um dos artistas italianos contemporâneos que contribuiu e contribui até hoje na arte. E se você aprendeu algo novo hoje, conte-nos!

Benini & Donato Cidadania Italiana

Resgatando suas origens

Processos de direito ao reconhecimento de cidadania italiana:

I – Processo administrativo no Brasil via consulado italiano;

II – Processo administrativo na Itália via comune;

III – Processo Judicial na Itália no Tribunal de Roma via “materno” ou “paterno” contra as filas consulares.