Biografia de Andrea Del Sarto – Pintor e desenhista florentino da Alta Renascença – Parte I

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Del Sarto foi o pintor florentino mais importante do início do século XVI. Assim sendo associado a pinturas religiosas e ao retrato ocasional, seu estilo é reverenciado pelo equilíbrio. Também pela graça natural de suas figuras e por sua habilidade como colorista.

Para tanto, depois que a “sagrada trindade” de Leonardo, Rafael e Michelangelo partiu de Florença (por volta de 1508), Del Sarto assumiu o manto do principal mestre florentino (ultrapassando até Bartolommeo).

Desse modo, modificou a técnica do sfumato de Leonardo, introduzindo uma gama de cores mais quentes e vivas em sua paleta. Na verdade, ele produziu uma gama tonal de cores que era insuperável.

Ademais, provou ser uma grande inspiração no que logo se tornaria conhecido como o Estilo Maneirista. Por sua grande e bela contribuição a arte italiana, o blog Benini & Donato Cidadania Italiana explorará sobre esse artista.

Então, dividimos em duas partes para explorar melhor sua infância, trabalhos, obras, carreiras e muito mais. Assim sendo, leia a Parte I abaixo e, assim que puder, clique AQUI para ler a Parte II.

Biografia de Andrea Del Sarto – Infância

Embora algumas fontes sugiram que seu sobrenome era Lanfranchi, Andrea d’Agnolo di Francesco di Luca era filho de um alfaiate florentino (Sarto em italiano), daí Andrea del Sarto, “filho do alfaiate”.

Sendo assim, pouco se sabe sobre a infância de Del Sarto, exceto pelo fato de que ele era (e permaneceu) de baixa estatura. E que seus amigos o chamavam de Andreino.

Biografia de Andrea Del Sarto – Treinamento precoce e início de carreira

Em 1494, com apenas oito anos, Del Sarto foi aprendiz de um ourives florentino. Assim sendo, a experiência ajudou a fomentar seu amor pelo desenho. Então, pouco depois, foi contratado pelo pouco conhecido pintor e entalhador Andrea di Salvi Barile, com quem estudou até os doze anos.

De acordo com a obra Vidas dos mais excelentes pintores, escultores e arquitetos, de Giorgio Vasari, del Sarto tornou-se aprendiz. Logo, foi primeiro do pintor Piero di Cosimo. E, posteriormente, de Raffaellino del Garbo (Carli), um pintor altamente talentoso do final do século XV.

No entanto, foi sob a tutela de di Cosimo, que comentou favoravelmente sobre a aptidão de seu aluno para as cores. E sua mentalidade estudiosa, que Del Sarto realmente se destacou.

Di Cosimo influenciou Del Sarto

Desse modo, como outros artistas florentinos da época, di Cosimo também era um desenhista de ponta de metal. E, provavelmente, ensinou Del Sarto a desenhar usando esse método. No entanto, não há desenhos de Del Sarto conhecidos nesse meio.

Ele preferiu usar giz vermelho e preto em seus desenhos preliminares, pois permitia uma variação tonal maior do que as linhas mais precisas da ponta de metal.

O historiador da arte Nigel Ip (ele mesmo utilizando um ensaio de Marzia Faietti) descreve como os desenhos em giz vermelho de Del Sarto eram únicos “como exemplos de uma síntese entre duas abordagens teóricas opostas para a produção de arte: Florentine disegno (significando design e desenho) e veneziano colore (cor)”.

Ele observa que esse foi “um debate comum no século XVI entre os intelectuais” com muitos, incluindo Vasari, apoiando a visão de que “a precisão linear de disegno era mais importante do que a representação de planos insubstanciais de colore.

Enfim, continuaria a ter uma associação mais profunda com a criação divina (conforme exposto por Vasari em seus elogios a mestres como Michelangelo).

Em 1506 Del Sarto começa a produzir obras independentes

Del Sarto começou a produzir obras independentes por volta de 1506. E essa fase estava sendo marcada pela espontaneidade juvenil do artista que deu origem a um tratamento naturalista de suas figuras.

Assim sendo, ainda com apenas 20 anos, ele e seu amigo, Franciabigio (Francesco di Cristofano), abriram um estúdio. E uma loja em um hotel na Piazza del Grano.

Dois anos depois, em 11 de dezembro de 1508, ele se matriculou na guilda de pintores de Florença. Logo, em 1509, ele iniciou sua longa colaboração com a igreja. E convento de Santissima Annunziata (também em Florença).

A Ordem Servita contratou-o, juntamente com Franciabigio e Andrea Feltrini, para executar um conjunto de cinco afrescos para a entrada do claustro.

Desse modo, essas cenas, retratando a vida de São Filippo Benizzi, seriam sua primeira encomenda pública importante. Enfim, confirmaram Del Sarto como um jovem pintor a ser respeitado.

Biografia de Andrea Del Sarto – Período maduro

Em 1511, del Sarto mudou-se para uma oficina perto da igreja de Santissima Annunziata. Logo, permaneceu cerca de seis ou sete anos, período em que foi aprendiz de Rosso Fiorentino e Jacopo Pontormo.

Ele também trabalhou com o escultor Jacopo Sansovino, que está sendo citado como a principal influência no amadurecimento do estilo de pintura de del Sarto, mais musculoso e escultural.

Durante o período de 1511-18, Del Sarto executou afrescos importantes para igrejas em Florença, incluindo o Chiostro dello Scalzo e o mosteiro de S. Gallo.

Pintura Anunciação

A Anunciação, por exemplo, foi pintada para o convento de San Gallo (e movido antes que pudesse ser destruído no cerco de Florença em 1529).

Então, de acordo com o site “Art in Tuscany”, a atmosfera da pintura é carregada de referências antigas citadas alegremente no cenário teatral. E que formam um cenário para a história bíblica quase irreconhecível.

Geralmente, está sendo interpretada como Susanna and the Elders – a Susanna que se assemelha a um nu masculino; os Anciões, três deles, levemente tocados com algumas pinceladas, apontam para ela em uma loggia arejada digna de Pontormo ou Rosso.

As duas figuras da Madona e do Anjo em primeiro plano, acompanhadas por dois anjos, cheios de gentil beleza humana, vibram com intensidade poética.

Então, foi esse afresco que deu as primeiras indicações do movimento geral de Del Sarto em direção a um mais contido.

Aqui finalizamos a Parte I sobre a biografia de Andrea Del Sarto, um dos maiores pintores florentinos da arte da Alta Renascença. Então, conte-nos o que achou.

Benini & Donato Cidadania Italiana

Resgatando suas origens

Processos de direito ao reconhecimento de cidadania italiana:

I – Processo administrativo no Brasil via consulado italiano;

II – Processo administrativo na Itália via comune;

III – Processo Judicial na Itália no Tribunal de Roma via “materno” ou “paterno” contra as filas consulares.