Breve história da culinária italiana

História da culinária italiana

Desde os tempos antigos, estradas e portos costeiros da península italiana sempre foram uma encruzilhada para muitas culturas. E, assim, diversas influências se encontraram e se misturaram durante séculos.

De gregos, judeus, celtas, franceses, árabes a normandos, espanhóis, austríacos, a lista é longa. E, claro, todos nós sabemos que aqueles ingredientes clássicos da culinária italiana como tomate, chocolate e até pimenta chegaram depois da descoberta das Américas.

Então, da mesma forma, grande parte da culinária regional italiana de hoje deixou claros traços históricos.

Assim, cave um pouco e você descobrirá que a comida da Roma Antiga não era muito diferente do que ainda vemos em nossas mesas hoje. Além de vegetais, frutas, cereais, legumes, queijos, ovos, carnes e peixes como um dos ingredientes mais fundamentais, o azeite é primordial na cozinha.

Por tantas descobertas é que o blog Benini & Donato Cidadania Italiana traz a você uma breve história da culinária italiana. Então, convidamos você a aprender dessa riqueza de gastronomia italiana. Até porque tanto nos influenciou e influencia positivamente.

Breve história da culinária italiana

A carne de porco era defumada e salgada para preservação e fornecia excelentes presuntos como hoje. Sendo assim, os queijos, em particular, também tinham grande importância. Ademais, a variedade era grande como hoje.

Também entre aqueles de que ainda gostamos, como a muçarela, a ricota e o pecorino remontam à época romana.

Acima de tudo, temos de agradecer a Apício por nos deixar maravilhosos testemunhos da cozinha romana. Logo, viveu no século I a.C e no século I d.C e transmitiu a primeira coleção de receitas de cozinheiros em seu De Re Coquinaria (Livro de receitas).

Mas não vamos esquecer outro autor importante da época. Desse modo, Columella, em seu De Re Rustica, enfocou o que hoje chamaríamos de ciências agrícolas.

Idade das Trevas

Durante a Idade das Trevas, os conventos na Itália desempenharam um papel central. Assim, tanto no cultivo das matérias-primas quanto no papel da cozinha.

Ademais, é também correto referir o papel fundamental dos monges. Pois, nos deixarem uma longa tradição na elaboração de vinhos e licores.

Além disso, muitos doces típicos também nasceram nos conventos da criatividade das freiras. Não menos importante, doces sicilianos, como maçapão e cannoli. Outros, como a cassata, eram preparados para festas religiosas.

Época do Renascimento

Com o Renascimento, veio o papel mais importante da corte. Sendo assim, os pratos se transformam em obras de arte, inventadas para aumentar o prestígio do proprietário. Talvez da mesma forma que os imperadores romanos foram entretidos, conforme descrito por Trimalchio.

Então, as cozinhas eram geridas por um gerente adequado chamado “Scalco”. E era ele que cuidava de cada detalhe.

Logo, importantes coleções de receitas da época testemunham esse período criativo da culinária italiana. Portanto, Bartolomeo Scappi  (1500-1577) é um dos mais famosos.

À medida que o comércio internacional se expandia por mar, o uso de especiarias de terras distantes tornou-se popular novamente e lucrativo. Então, pimenta, canela, cravo, noz-moscada e muitos outros.

As lojas de pináculos também vendiam amêndoas açucaradas e outros doces adoçados. Então, o continente americano foi descoberto e os produtos clássicos que conhecemos tão bem chegaram a Bel Paese:

  • Tomate, feijão, batata, cacau, milho, pimenta, peru, beringela e muito mais.

Século XIX

O ressurgimento no século XIX viu o início do que poderia ser descrito como uma cozinha burguesa ou de classe média. Isto é, nem rica, nem pobre, talvez gourmand (aquele que ama a boa mesa).

Assim, a arte de fazer café vem dessa época, assim como o chocolate, sorvete que temos hoje. E bebidas como limonada e cedro. Além disso, especialidades de trufas também.

O século também viu o início da industrialização e o uso de alimentos em latas. Desse modo, em 1856, Francesco Cirio foi o primeiro italiano a colocar o grão-de-bico em uma “scatola” (caixa). Logo, usava o método de esterilização inventado por Appert.

A variedade regional foi formalmente celebrada após a unificação da Itália por Pellegrino Artusi em seu livro “La Scienza in Cucina e L’arte di Mangiar Bene, 1891”.

Pela primeira vez, alguém reuniu todas as receitas regionais em um volume. Então, recolhido de suas viagens e amigos, Artusi ainda é uma referência chave hoje após tempos e tempos.

Início do século XX na história da culinária italiana

No início do século XX, chegaram os primeiros guias de viagem voltados para os motoristas. Como resultado, a culinária local mudou para alguma padronização. Logo, à medida que lojinhas apareceram ao longo de rotas populares.

Sendo assim, pratos emprestados de outras regiões e até países foram repropostos por cozinheiros locais.

No entanto, as tabernas familiares ofereciam, e ainda oferecem, pratos regionais feitos de cozinha local simples e genuína. Logo, eram populares como locais para almoços em família no domingo.

Em 1929, Ada Boni propôs Il Talismano della Felicità (O Talismã da Felicidade). Sendo assim, é um livro de receitas voltado para mulheres que poderiam aprender a se tornar donas de casa perfeitas.

Dessa maneira, Il Cucchiao d’Argento foi publicado em 1950. E continha mais de duzentas receitas de todas as regiões da Itália.

Então, imediatamente, se tornou um best-seller para a nova geração de donas de casa modernas do pós-guerra. E que viviam nas cidades industriais da Itália.

No mesmo período, os estudos do biólogo americano Ancel Keys nos deram a icônica “Dieta Mediterrânea”. No entanto, pratos que exigem um longo preparo, como a polenta, os legumes, os vegetais (nabos, couves etc) foram aos poucos desaparecendo.

Com isso, muitos procuravam os supermercados a procura de alimentos mais práticos e rápidos. Como também pré-cozidos e de marca apoiados na visibilidade oferecida pela televisão.

Enfim, nos dias atuais, a culinária italiana ainda é muito apreciada e sagrada. E se você tem experiência para compartilhar conosco, fique à vontade!

Benini & Donato Cidadania Italiana

Resgatando suas origens

Processos de direito ao reconhecimento de cidadania italiana:

I – Processo administrativo no Brasil via consulado italiano;

II – Processo administrativo na Itália via comune;

III – Processo Judicial na Itália no Tribunal de Roma via “materno” ou “paterno” contra as filas consulares.