Declínio da Imigração Italiana no Brasil – Como aconteceu?

Imigração italiana no Brasil

Em 1902, a imigração italiana no Brasil começou a declinar. Então, de 1903 a 1920, apenas 306.652 italianos chegaram no Brasil, contra 953.453 na Argentina e 3.581.322 nos Estados Unidos.

E isso aconteceu, principalmente, ao Decreto Prinetti na Itália, que proibia a imigração subsidiada no Brasil (o governo brasileiro ou os latifundiários não podiam mais pagar a passagem dos imigrantes).

Desse modo, o Decreto Prinetti foi criado por causa da comoção da imprensa italiana devido à penúria enfrentada pela maioria dos italianos no Brasil. Logo, os imigrantes que foram para o Sul do Brasil tornaram-se pequenos proprietários de terras.

E, apesar dos problemas enfrentados por eles (floresta densa, epidemia de febre amarela, falta de mercado consumidor), o fácil acesso às terras aumentava suas oportunidades.

Minoria dos italianos no Sul do Brasil

No entanto, apenas uma minoria dos italianos estava sendo levada para o Sul do Brasil. Outrossim, a maior parte do país, pois sua economia era baseada na cafeicultura, o Brasil já era o principal exportador de café do mundo (desde a década de 1850).

Como consequência do fim da escravidão e da saída da maioria dos ex-escravos das plantações, houve escassez de mão de obra nas lavouras de café. Além disso, “desigualdade natural dos seres humanos”, “hierarquia de raças”, darwinismo social, positivismo e outras teorias foram usadas para explicar que os trabalhadores europeus eram superiores aos trabalhadores nativos.

Em consequência, passagens estavam sendo oferecidas aos europeus (a chamada “imigração subsidiada”). Principalmente, aos italianos, para que pudessem vir ao Brasil trabalhar nas plantações, pois havia falta de mão de obra nas plantações de café.

É diante desse cenário que a imigração italiana no Brasil decaiu e o blog Benini & Donato Cidadania Italiana abordará aqui. Todavia, leia também sobre o crescimento e assimilação em outros artigos escritos no blog.

Para isso, clique Crescimento da Imigração Italiana no Brasil e Assimilação da Imigração Italiana no Brasil.

Declínio da Imigração Italiana no Brasil – Como aconteceu?

Como dito antes, não havia mais mãos de obra na lavoura de café, então aqueles imigrantes eram empregados em enormes latifúndios (grandes fazendas), anteriormente empregando escravos.

No Brasil, não existiam leis trabalhistas (as primeiras leis trabalhistas concretas só surgiram na década de 1930, no governo de Getúlio Vargas). E, portanto, os trabalhadores quase não tinham proteção legal.

Dessa maneira, os contratos assinados pelos imigrantes poderiam estar sendo facilmente violados pelos proprietários de terras brasileiras. E acostumados a lidar com escravos africanos, os resquícios da escravidão influenciaram na forma como os latifundiários brasileiros lidavam com os trabalhadores italianos.

Então, os imigrantes estavam sendo frequentemente monitorados, com extensas jornadas de trabalho. Ademais, em alguns casos, estavam sendo obrigados a comprar os produtos de que necessitavam do proprietário. Além disso, as fazendas de café localizavam-se em regiões bastante isoladas.

Logo, se os imigrantes adoecessem, demorariam horas para chegar ao hospital mais próximo. Enfim, a estrutura de trabalho usada nas fazendas incluía o trabalho de mulheres e crianças italianas.

A cultura italiana estava sendo cada vez mais difícil de manter

Manter a cultura italiana também se tornou mais difícil: as igrejas católicas e os centros culturais italianos ficavam longe das fazendas. Os imigrantes que não aceitaram as normas impostas pelo proprietário foram substituídos por outros imigrantes.

Isso os obrigou a aceitar as imposições do proprietário ou teriam que deixar suas terras. Embora os italianos fossem considerados “superiores” aos negros pelos proprietários de terras brasileiros, a situação dos italianos no Brasil era tão semelhante à dos escravos que os fazendeiros os chamavam de escravos brancos.

A miséria enfrentada por italianos e outros imigrantes no Brasil causou grande comoção na imprensa italiana, que culminou com o Decreto Prinetti em 1902.

Assim sendo, muitos imigrantes deixaram o Brasil após sua experiência nas fazendas de café de São Paulo. Entre 1882 e 1914, 1,5 milhão de imigrantes de diferentes nacionalidades vieram para São Paulo, enquanto 695 mil deixaram o estado, ou 45% do total.

O grande número de italianos solicitando ao Consulado Italiano uma passagem para deixar o Brasil estava sendo tão significativo que em 1907 a maior parte dos fundos italianos para repatriação foi usada no Brasil.

Estima-se que, entre 1890 e 1904, 223.031 (14.869 anuais) italianos deixaram o Brasil, principalmente após experiências fracassadas em fazendas de café. A maioria dos italianos que deixaram o país não conseguiu somar o dinheiro que desejavam.

Imigração italiana no Brasil – A maioria volta para Itália

Sendo assim, a maioria dessas pessoas voltou para a Itália, enquanto outros emigraram para a Argentina, Uruguai ou para os Estados Unidos. A saída de imigrantes preocupou os proprietários de terras brasileiras, que reclamavam constantemente da falta de trabalhadores.

Os imigrantes espanhóis começaram a chegar em maior número. Mas logo a Espanha também começou a criar barreiras para uma maior imigração de espanhóis para fazendas de café no Brasil.

O persistente problema de falta de mão de obra nas fazendas foi, então, temporariamente resolvido com a chegada dos imigrantes japoneses, a partir de 1908.

Apesar do alto número de imigrantes saindo do país, a maioria dos italianos permaneceu no Brasil. Então, essa maioria de italianos permaneceu apenas um ano trabalhando nas fazendas de café e depois deixaram as plantações.

Um pequeno número deles ganhou dinheiro suficiente para comprar suas próprias terras e se tornou fazendeiro. No entanto, a maioria migrou para os centros urbanos brasileiros.

Muitos italianos trabalhavam em fábricas (em 1901, 81% dos operários paulistas eram italianos). No Rio de Janeiro, parte considerável dos operários fabris também era composta por italianos.

Em São Paulo, esses trabalhadores se estabeleceram no centro da cidade, vivendo em cortiços (casas geminadas multifamiliares degradadas). Essas aglomerações de italianos nos centros urbanos deram origem a bairros tipicamente italianos, como a Mooca, que está até hoje ligada ao seu passado italiano.

Outros italianos tornaram-se comerciantes, a maioria comerciantes itinerantes, vendendo seus produtos em diferentes regiões. Presença comum nas ruas de São Paulo eram os meninos italianos que trabalhavam como jornaleiros, como observou um viajante italiano:

“Na multidão, vemos muitos meninos italianos, maltrapilhos e descalços, vendendo jornais da cidade e do Rio de Janeiro, incomodando os transeuntes com suas ofertas e seus gritos de malandragem”.

Sucesso pessoal e o destino dos filhos de italianos

Apesar das condições de pobreza e até de semiescravidão enfrentadas por muitos italianos no Brasil, com o tempo a maioria dessa população alcançou algum sucesso pessoal. E mudou sua situação econômica de classe baixa.

Embora a maior parte da primeira geração de imigrantes ainda vivesse na pobreza, os filhos de italianos, nascidos no Brasil, muitas vezes mudavam de status social ao diversificar seu campo de trabalho, saindo das precárias condições de seus pais e não raramente passando a fazer parte da elite local.

Que interessante saber desse declínio da imigração italiana no Brasil, verdade? Conte-nos o que achou e se tem mais algo a acrescentar, comente também.

Benini & Donato Cidadania Italiana

Resgatando suas origens

Processos de direito ao reconhecimento de cidadania italiana:

I – Processo administrativo no Brasil via consulado italiano;

II – Processo administrativo na Itália via comune;

III – Processo Judicial na Itália no Tribunal de Roma via “materno” ou “paterno” contra as filas consulares.

Assimilação da imigração italiana no Brasil

Imigração italiana no Brasil

Com exceção de alguns casos isolados de divergências entre brasileiros e italianos, principalmente entre 1892 e 1896, a integração dos imigrantes no Brasil aconteceu de forma rápida e pacífica.

Sendo assim, para os italianos em São Paulo, os estudiosos sugerem que esse processo de assimilação ocorreu em até duas gerações.

Todavia, há pesquisas que sugerem que mesmo os imigrantes de primeira geração, nascidos na Itália, logo foram assimilados no novo país.

E até mesmo no Sul do Brasil, onde a maioria dos italianos vivia em comunidades rurais isoladas, sem muito contato com os brasileiros.

E onde mantinham a estrutura familiar patriarcal italiana (e, portanto, o pai escolhia a esposa ou o marido para os filhos, dando preferência aos italianos) o processo de assimilação também foi rápido.

Então, aqui no blog Benini & Donato Cidadania Italiana abordaremos como ocorreu essa assimilação da imigração italiana no Brasil. Então, continue lendo!

Assimilação da imigração italiana no Brasil

De acordo com o Censo de 1940 do Rio Grande do Sul, 393.934 pessoas relataram falar alemão como primeira língua (11,86% da população do estado).

Em comparação, 295.995 relataram falar italiano, principalmente dialetos (8,91% da população do estado).

Embora a imigração italiana tenha sido maior e mais recente que a alemã, o grupo italiano tendeu a ser mais facilmente assimilado. No Censo de 1950, o número de gaúchos que relataram falar italiano caiu para 190.376.

Em São Paulo, onde se instalou um número maior de italianos, no censo de 1940 28.910 nascidos na Itália relataram falar italiano em casa (apenas 13,6% da população italiana do estado).

Em comparação, 49,1% dos imigrantes de outras nacionalidades relataram continuar falando suas línguas nativas em casa. Então, a proibição de falar italiano, alemão e japonês durante a Segunda Guerra Mundial não foi tão grande para a comunidade italiana como foi para os outros dois grupos.

Imigração italiana no Brasil – Medidas do governo em 1889

Uma importante medida de governo ocorreu em 1889, quando a cidadania brasileira foi concedida a todos os imigrantes, embora esse ato tenha tido pouca influência em sua identidade ou processo de assimilação.

Sendo assim, os jornais italianos no Brasil e também o governo italiano, por sua vez, se incomodaram com a assimilação dos italianos no país. Então, isso ocorreu principalmente após o período da Grande Naturalização.

Desse modo, as instituições italianas incentivaram a entrada de italianos na política brasileira, embora a presença de imigrantes fosse, inicialmente, pequena.

Leia mais: Declínio da Imigração Italiana no Brasil – Como aconteceu?

Dialetos italianos

Os dialetos italianos passaram a dominar as ruas de São Paulo e em algumas localidades do sul. Com o tempo, essas línguas baseadas em dialetos italianos tenderam a desaparecer e hoje em dia sua presença está sendo pequena.

No início, principalmente no Sul do Brasil rural, os italianos tendiam a se casar apenas com outros italianos. Por outro lado, italianos em São Paulo e, principalmente, residentes em centros urbanos, tendem a se casar com brasileiros.

Com o tempo e com a diminuição da chegada de mais imigrantes, mesmo no Sul do Brasil eles começaram a se integrar aos brasileiros. Todavia, sobre os italianos em Santa Catarina, o cônsul italiano afirmou:

“Há poucas informações sobre essa tendência, mas percebeu-se um grande processo de integração desde a Primeira Guerra Mundial: entre 1917 e 1923, no Rio Grande do Sul: casamentos entre um italiano e uma brasileira (997, 66,1%); Mulher italiana e homem brasileiro (135, 9%) e homem italiano e mulher italiana (375, 24,9%)”

Esses casamentos entre italianos e brasileiros eram extremamente comuns, principalmente nas classes populares. E eram amplamente aceitos por ambas as pessoas.

No entanto, alguns membros mais fechados da comunidade italiana viram esse processo de integração como negativo.

Assim sendo, a população germano-brasileira também foi tratada por alguns italianos como repulsiva, embora muitos alemães e italianos vivessem juntos em muitas áreas do Sul do Brasil.

Os índios brasileiros estavam sendo muitas vezes tratados como gente selvagem, e não eram incomuns os casos de conflitos entre italianos e índios pela ocupação de terras no Sul do Brasil.

E, então? Que interessante saber sobre essa assimilação da imigração italiana no Brasil, verdade? Conte-nos o que achou disso tudo que leu.

Benini & Donato Cidadania Italiana

Resgatando suas origens

Processos de direito ao reconhecimento de cidadania italiana:

I – Processo administrativo no Brasil via consulado italiano;

II – Processo administrativo na Itália via comune;

III – Processo Judicial na Itália no Tribunal de Roma via “materno” ou “paterno” contra as filas consulares.

Características e influências da imigração italiana no Brasil

A imigração italiana no Brasil ocorreu em sua maior parte de origem do Norte da Itália. Todavia, esses imigrantes italianos não se locomoveram de maneira homogênea entre as regiões brasileiras.

Sendo assim, a comunidade italiana com grande número de pessoas que vieram do Sul e região central da Itália se instalaram no estado de São Paulo. Então, nesse lugar a imigração foi mais diversificada que qualquer outra região.

Com isso, as porcentagens daqueles que vieram da Itália para o Brasil se dividiram da seguinte maneira, por região:

  • Norte – 42% dos italianos;
  • Central – 36% dos italianos;
  • Sul – 22% dos italianos.

Portanto, o Brasil é o único país da América do Sul onde há uma grande comunidade italiana. Também há uma minoria de imigrantes que vieram do Sul da Itália.

Hoje o blog Benini & Donato Cidadania Italiana abordará sobre as características e influências da imigração italiana no Brasil. E você, a partir dessa leitura, conhecerá sobre a língua, música.

Além disso, descobrirá sobre a comida e outros detalhes que esses italianos deixaram no território brasileiro. Então, continue conosco!

As primeiras décadas!

Como dito antes, a grande maioria dos imigrantes italianos vieram do Norte nas primeiras décadas. Então, os primeiros colonizadores, em sua maioria, foram para o Sul do Brasil. E lá se originaram do extremo Norte da Itália.

Logo, principalmente, vieram do Vêneto e das províncias de Vicenza (32%), Belluno (30%) e Treviso (24%). Agora, no Rio Grande do Sul, muitos vieram de Cremona, Mântua, de partes da Brescia. E também de Bérgamo, na região da Lombardia, próximo ao Vêneto.

As regiões de Friuli-Venezia Giulia e Trentino também enviaram muitos imigrantes para o Sul do Brasil. Sendo assim, dos imigrantes gaúchos, vale destacar:

  • 54% vieram do Vêneto;
  • 33% da Lombardia;
  • 7% do Trentino;
  • 4,5% de Friuli-Venezia Giulia;
  • 1,5% de outras partes da Itália.

No entanto, com a crise agrária (início do século XX) que começou a afetar o Sul da Itália, muitos deles emigraram para o Brasil.

Logo, a maioria desses sulistas foram para o estado de São Paulo, pois havia a necessidade de trabalhadores para os cafezais. Enfim, eles eram de Campânia e Calábria.

Influências italianas no Brasil

Comida

A comida, certamente, recebeu a maior influência italiana para o Brasil. Então, os italianos implantaram novos tipos de comidas, além de novas receitas. E isso é visto em toda a região brasileira, pois contribuíram para o desenvolvimento da culinária que é hoje.

Além da culinária típica italiana como macarrão, pizza, panetone, risoto, milanesa, polenta, calzone, ossobuco e outros, os italianos ajudaram a criar novos pratos. E hoje são tipicamente brasileiros com sabor delicioso.  

  • Chocotone (panetone com gotas de chocolate);
  • Frango com polenta (frango com polenta frita);
  • Galeto (do italiano Galletto, galo pequeno);
  • Bife à parmegiana (um bife preparado com Parmigiano-Reggiano), catupiry, linguiça calabresa e linguiça toscana);

Enfim, há muitas outras receitas criadas ou influenciadas pela comunidade italiana.

Música é outra influência da imigração italiana no Brasil

A influência italiana no Brasil também está presente na música. E isso é notável não apenas nas canções tradicionais italianas, mas também com a união de outros estilos musicais brasileiros.

Sendo assim, o samba com forte influência italiana e que teve um dos principais resultados dessa união é o Samba Paulista.

Então, Adoniram Barbosa é o criador do Samba Paulista, o qual é filho de imigrantes italianos. Logo, em suas canções sempre retratavam a vida dos bairros italianos de São Paulo.

Com isso, conseguiu fundir o dialeto paulistano com o samba. E, consequentemente, recebeu a celebração de ser o Poeta do Povo.

Língua

A língua também teve influência italiana no Brasil. Porém, a maioria dos brasileiros de ascendência italiana tem como língua nativa o português. Até porque durante a Segunda Guerra Mundial, a fala italiana, alemã e japonesa se tornou proibida.

Desse modo, os dialetos italianos influenciaram a fala do português em algumas áreas brasileiras. Então, a língua italiana estava tão difundida em São Paulo que o viajante português Sousa Pinto disse que não conseguia falar com os carroceiros em português.

Isso era porque todos falavam dialetos italianos e gesticulavam como napolitanos (de Nápoles, Itália).

Atualmente, a influência italiana na fala do português em São Paulo não é tão grande quanto no passado. Mas, o sotaque dos moradores da cidade ainda é possível ver alguns traços do sotaque italiano comum no início do século XX.

Tais como a entonação e também tais expressões como Belo, Mavá! Orra meu! E tá entendendo?

Além disso, outra característica é a dificuldade de falar português no plural. Assim, é dificultoso dizer palavras no plural quando se deveria dizer no singular.

Também a influência lexical do italiano no português brasileiro, no entanto, permaneceu muito pequena.

Há um fenômeno semelhante que ocorreu no interior do Rio Grande do Sul, mas abrangendo quase que exclusivamente os de origem italiana.

Por outro lado, existe um fenômeno diferente; a Talian, língua que surgiu principalmente na parte nordeste do estado (Serra Gaúcha).

Então, Talian é uma variante da língua veneziana, com influências de outros dialetos italianos e portugueses. Logo, nas áreas rurais do Sul do Brasil marcadas pelo bilinguismo, mesmo entre a população monolíngue de língua portuguesa, o sotaque de influência italiana é bastante típico.

Festival de São Vito também é influência da imigração italiana no Brasil

A Festa de São Vito é uma das mais importantes festas italianas comemoradas em São Paulo. E homenageia o mártir cristão morto em junho de 303 d.C, São Vito. Logo, ele é padroeiro de Polignano a Mare, cidade da Apúlia, no Sul da Itália.

Então, imigrantes italianos da Apúlia mudaram-se em grande quantidade para o bairro do Brás, em São Paulo, no final do século XIX. E trouxeram consigo a devoção a esse São Vito.

Desse modo, o festival também é um momento em que a comunidade italiana paulista se reúne para festejar. E também para saborear as comidas tradicionais.

Outras comemorações italianas importantes em São Paulo são:

  • Maio – Nossa Senhora do Casaluce, também no Brás;
  • Agosto – Nossa Senhora do Achiropita, na Bela Vista;
  • Setembro – São Gennaro, na Mooca.

Tal como Polignano a Mare, eventualmente Brás teve uma igreja dedicada a São Vito. Logo, teve a formação de uma associação e onde também sediou o primeiro festival no mês de junho de 1919.

À medida que São Paulo crescia, também crescia a comunidade italiana e o Festival de São Vito. Hoje, cerca de 6 milhões dos mais de 12 milhões de habitantes de São Paulo são italianos e descendentes de italianos.

Educação

Escolas internacionais italianas implantadas no Brasil:

  • Scuola Italiana Eugenio Montale, em São Paulo/SP;
  • Instituto Italo-Brasiliano Biculturale Fondazione Torino, em Belo Horizonte/MG.

Outras Influências da imigração italiana no Brasil

  • Produção de vinho (no Sul);
  • Uso de ciao (“tchau” em português do Brasil) como saudação de “adeus” (todo o Brasil);
  • Algumas palavras emprestadas (italianismos), como bisogno, entrevero, esquifoso (schifoso, nojento), imbróglio. Também manjar (mangiare), noccia, noja, nonna, nonnino, pivete e outros.
  • Introdução antecipada de técnicas agrícolas de baixa escala mais avançadas. E são estes: Minas Gerais, São Paulo e todo o Sul do Brasil.

Tudo que hoje somos e temos no Brasil, certamente, existem características e influências da imigração italiana. E se você deseja descobrir os seus ancestrais para ter o reconhecimento de direito de cidadania italiana, então, clique AQUI.

Enfim, destaque abaixo nos comentários o que pensa a esse respeito depois de ler sobre isso. Conte-nos a sua experiência ao ler sobre a imigração italiana no Brasil!

Características e influências da imigração italiana no Brasil

A imigração italiana no Brasil ocorreu em sua maior parte de origem do Norte da Itália. Todavia, esses imigrantes italianos não se locomoveram de maneira homogênea entre as regiões brasileiras.

Sendo assim, a comunidade italiana com grande número de pessoas que vieram do Sul e região central da Itália se instalaram no estado de São Paulo. Então, nesse lugar a imigração foi mais diversificada que qualquer outra região.

Com isso, as porcentagens daqueles que vieram da Itália para o Brasil se dividiram da seguinte maneira, por região:

  • Norte – 42% dos italianos;
  • Central – 36% dos italianos;
  • Sul – 22% dos italianos.

Portanto, o Brasil é o único país da América do Sul onde há uma grande comunidade italiana. Também há uma minoria de imigrantes que vieram do Sul da Itália.

Hoje o blog Benini & Donato Cidadania Italiana abordará sobre as características e influências da imigração italiana no Brasil. E você, a partir dessa leitura, conhecerá sobre a língua, música.

Além disso, descobrirá sobre a comida e outros detalhes que esses italianos deixaram no território brasileiro. Então, continue conosco!

As primeiras décadas da imigração italiana no Brasil!

Como dito antes, a grande maioria dos imigrantes italianos vieram do Norte nas primeiras décadas. Então, os primeiros colonizadores, em sua maioria, foram para o Sul do Brasil onde se originaram do extremo Norte da Itália.

Logo, principalmente, vieram do Vêneto e das províncias de Vicenza (32%), Belluno (30%) e Treviso (24%). Agora, no Rio Grande do Sul, muitos vieram de Cremona, Mântua, de partes da Brescia. E também de Bérgamo, na região da Lombardia, próximo ao Vêneto.

As regiões de Friuli-Venezia Giulia e Trentino também enviaram muitos imigrantes para o Sul do Brasil. Sendo assim, dos imigrantes gaúchos, vale destacar:

  • 54% vieram do Vêneto;
  • 33% da Lombardia;
  • 7% do Trentino;
  • 4,5% de Friuli-Venezia Giulia;
  • 1,5% de outras partes da Itália.

No entanto, com a crise agrária (início do século XX) que começou a afetar o Sul da Itália, muitos deles emigraram para o Brasil.

Logo, a maioria desses sulistas foram para o estado de São Paulo, pois havia a necessidade de trabalhadores para os cafezais. Enfim, eles eram de Campânia e Calábria.

Influências italianas no Brasil

Comida

A comida, certamente, recebeu a maior influência italiana para o Brasil. Então, os italianos implantaram novos tipos de comidas, além de novas receitas. E isso é visto em toda a região brasileira, pois contribuíram para o desenvolvimento da culinária que é hoje.

Além da culinária típica italiana como macarrão, pizza, panetone, risoto. Também milanesa, polenta, calzone, ossobuco e outros, os italianos ajudaram a criar novos pratos. E hoje são tipicamente brasileiros com sabor delicioso.  

  • Chocotone (panetone com gotas de chocolate);
  • Frango com polenta (frango com polenta frita);
  • Galeto (do italiano Galletto, galo pequeno);
  • Bife à parmegiana (um bife preparado com Parmigiano-Reggiano), catupiry, linguiça calabresa e linguiça toscana);

Enfim, há muitas outras receitas criadas ou influenciadas pela comunidade italiana.

Música, forte influência da imigração italiana no Brasil

A influência italiana no Brasil também está presente na música. E isso é notável não apenas nas canções tradicionais italianas, mas também com a união de outros estilos musicais brasileiros.

Sendo assim, o samba com forte influência italiana e que teve um dos principais resultados dessa união é o Samba Paulista.

Então, Adoniram Barbosa é o criador do Samba Paulista, o qual é filho de imigrantes italianos. Logo, em suas canções sempre retratavam a vida dos bairros italianos de São Paulo.

Com isso, conseguiu fundir o dialeto paulistano com o samba e, consequentemente, recebeu a celebração de ser o Poeta do Povo.

Língua

A língua também teve influência italiana no Brasil. Porém, a maioria dos brasileiros de ascendência italiana tem como língua nativa o português. Até porque durante a Segunda Guerra Mundial, a fala italiana, alemã e japonesa se tornou proibida.

Desse modo, os dialetos italianos influenciaram a fala do português em algumas áreas brasileiras. Então, a língua italiana estava tão difundida em São Paulo que o viajante português Sousa Pinto disse que não conseguia falar com os carroceiros em português.

Isso era porque todos falavam dialetos italianos e gesticulavam como napolitanos (de Nápoles, Itália).

Atualmente, a influência italiana na fala do português em São Paulo não é tão grande quanto no passado. Mas, o sotaque dos moradores da cidade ainda é possível ver alguns traços do sotaque italiano comum no início do século XX.

Tais como a entonação e também tais expressões como Belo, Mavá! Orra meu! E tá entendendo?

Além disso, outra característica é a dificuldade de falar português no plural. Assim, é dificultoso dizer palavras no plural quando se deveria dizer no singular.

Também a influência lexical do italiano no português brasileiro, no entanto, permaneceu muito pequena.

Há um fenômeno semelhante que ocorreu no interior do Rio Grande do Sul, mas abrangendo quase que exclusivamente os de origem italiana.

Por outro lado, existe um fenômeno diferente; a Talian, língua que surgiu principalmente na parte nordeste do estado (Serra Gaúcha).

Então, Talian é uma variante da língua veneziana, com influências de outros dialetos italianos e portugueses. Logo, nas áreas rurais do Sul do Brasil marcadas pelo bilinguismo.

E mesmo entre a população monolíngue de língua portuguesa, o sotaque de influência italiana é bastante típico.

Festival de São Vito

A Festa de São Vito é uma das mais importantes festas italianas comemoradas em São Paulo. E homenageia o mártir cristão morto em junho de 303 d.C, São Vito. Logo, ele é padroeiro de Polignano a Mare, cidade da Apúlia, no Sul da Itália.

Então, imigrantes italianos da Apúlia mudaram-se em grande quantidade para o bairro do Brás, em São Paulo, no final do século XIX. E trouxeram consigo a devoção a esse São Vito.

Desse modo, o festival também é um momento em que a comunidade italiana paulista se reúne para festejar. E também para saborear as comidas tradicionais.

Outras comemorações italianas importantes em São Paulo são:

  • Maio – Nossa Senhora do Casaluce, também no Brás;
  • Agosto – Nossa Senhora do Achiropita, na Bela Vista;
  • Setembro – São Gennaro, na Mooca.

Tal como Polignano a Mare, eventualmente Brás teve uma igreja dedicada a São Vito. Logo, teve a formação de uma associação e onde também sediou o primeiro festival no mês de junho de 1919.

À medida que São Paulo crescia, também crescia a comunidade italiana e o Festival de São Vito. Hoje, cerca de 6 milhões dos mais de 12 milhões de habitantes de São Paulo são italianos e descendentes de italianos.

Educação

Escolas internacionais italianas implantadas no Brasil:

  • Scuola Italiana Eugenio Montale, em São Paulo/SP;
  • Instituto Italo-Brasiliano Biculturale Fondazione Torino, em Belo Horizonte/MG.

Outras Influências da imigração italiana no Brasil

  • Produção de vinho (no Sul);
  • Uso de ciao (“tchau” em português do Brasil) como saudação de “adeus” (todo o Brasil);
  • Algumas palavras emprestadas (italianismos), como bisogno, entrevero, esquifoso (schifoso, nojento). Também imbróglio, manjar (mangiare), noccia, noja, nonna, nonnino, pivete e outros.
  • Introdução antecipada de técnicas agrícolas de baixa escala mais avançadas (Minas Gerais, São Paulo e todo o Sul do Brasil).

Tudo que hoje somos e temos no Brasil, certamente, existem características e influências da imigração italiana. E se você deseja descobrir os seus ancestrais para ter o reconhecimento de direito de cidadania italiana, então, clique AQUI.

Enfim, destaque abaixo nos comentários o que pensa a esse respeito depois de ler sobre a imigração italiana no Brasil. Conte-nos a sua experiência!

Benini & Donato Cidadania Italiana

Resgatando suas origens

Processos de direito ao reconhecimento de cidadania italiana:

I – Processo administrativo no Brasil via consulado italiano;

II – Processo administrativo na Itália via comune;

III – Processo Judicial na Itália no Tribunal de Roma via “materno” ou “paterno” contra as filas consulares.