História da Imigração Italiana nos Estados Unidos – Parte I

A história da imigração italiana nos Estados Unidos se parece muito com a vida de muitos brasileiros que saíram daqui em busca de melhorias de vida em outro lugar. Sendo assim, hoje vamos abordar um pouco sobre esse evento.

Então, você terá um pequeno resumo aqui no blog Benini & Donato Cidadania Italiana sobre quais motivos os levaram a isso, como tudo aconteceu, entre outros detalhes.  

Para uma compreensão melhor, dividiremos esse assunto em partes. Logo, essa primeira, Parte I, é apenas um breve resumo. Na Parte II, você verá sobre o período inicial que essa imigração ocorreu.

Por fim, na Parte III, você conhecerá como aconteceu no período entre a Primeira e Segunda Guerra até o período Contemporâneo. E, assim, encerramos. Portanto, convidamos você a embarcar nessa viagem de grande conhecimento.

História da Imigração Italiana nos Estados Unidos – Parte I

Você sabia que houve mais imigrantes italianos para os Estados Unidos do que quaisquer outros povos europeus? Desse modo, tanto a pobreza, a superpopulação como os desastres naturais estimularam para que acontecesse essa imigração italiana.

Então, a partir da década de 1870, as taxas de natalidade italianas aumentaram e as da mortalidade caíram. Desse modo, a pressão populacional tornou-se severa, especialmente em Il Mezzogiorno. E que eram as províncias do Sul e as mais pobres da Itália.

Até 1900, a taxa de analfabetismo no Sul da Itália era de 70%, dez vezes a taxa da Inglaterra, França ou Alemanha. Assim, o governo italiano era dominado por nortistas.

E os sulistas foram prejudicados por altos impostos. Além disso, tinham altas tarifas protecionistas sobre produtos industriais do norte.

Então, os italianos do Sul sofreram exploração por pessoas da mesma nacionalidade e religião. Em vez de existir solidariedade do grupo, essa situação levou a uma dependência da família, parentesco e laços de aldeia.

Logo, a vida no Sul girava em torno de la famiglia (a família). E l’ordine della famiglia (as regras de comportamento e responsabilidade familiar).

Ademais, desastres naturais abalaram o Sul da Itália durante o início do século XX. Assim, o Monte Vesúvio entrou em erupção e enterrou uma cidade perto de Nápoles.

Como também o Monte Etna que entrou em erupção. Para tanto, em 1908, um terremoto e um maremoto varreu o estreito de Messina entre a Sicília e o continente italiano. Com isso, morreram mais de 100.000 pessoas apenas na cidade de Messina.

Primeiros imigrantes italianos para os E.U.A eram do Norte

Os italianos têm uma longa história de migração para países estrangeiros como forma de lidar com a pobreza. Durante o século XIX, mais italianos migraram para a América do Sul do que para a América do Norte.

Assim, os primeiros imigrantes italianos nos Estados Unidos foram os da região Norte. Desse modo, se tornaram proeminentes como comerciantes de frutas em Nova York. E produtores de vinho na Califórnia.

Mais tarde, mais e mais migrantes vieram do Sul e as comunidades e instituições que eles formaram refletiram a fragmentação da região. Então, os imigrantes italianos estabeleceram centenas de sociedades de ajuda mútua. E foram com base no parentesco e local de nascimento.

Imigrantes italianos não tinham planos de ficar nos E.U.A

Muitos imigrantes italianos nunca planejaram ficar nos Estados Unidos por muito tempo. Assim, a proporção de retornos à Itália variou entre 11% e 73%.

Ao contrário da maioria dos imigrantes anteriores na América, eles não queriam cultivar na terra. Logo, implicava numa permanência que não figurava em seus planos. Em vez disso, eles se dirigiram para as cidades, onde era necessária mão de obra e os salários eram relativamente altos.

Assim, esperando que sua estadia nos E.U..A fosse breve, os imigrantes italianos viviam com o menor custo possível em condições que as famílias nativas consideravam intoleráveis.

Os imigrantes italianos eram particularmente propensos a aceitar empregos pesados ​​na construção. Logo, cerca da metade de todos os imigrantes italianos do final do século XIX eram trabalhadores manuais.

Eles eram contratados por um corretor de mão de obra profissional conhecido como padrone. E, dessa maneira, os italianos cavavam túneis, colocavam ferrovias, construíram pontes. E estradas e ergueram os primeiros arranha-céus.

Já em 1890, 90% dos funcionários das obras públicas da cidade de Nova York e 99% dos trabalhadores de rua de Chicago eram italianos. E muitas mulheres imigrantes italianas trabalhavam, mas quase nunca como empregadas domésticas.

Para os italianos, como outros grupos de imigrantes, a política, o entretenimento, os esportes e, especialmente, os pequenos negócios serviram como escadas para a ascensão social.

Os políticos ítalo-americanos, no entanto, foram prejudicados pela falta de coesão étnica. Assim, os ítalo-americanos alcançaram um sucesso notável na música clássica e popular.

Os ítalo-americanos foram particularmente bem-sucedidos em áreas que não exigiam educação formal extensa, como vendas e propriedade de pequenos negócios. Eles tendiam a trabalhar com sub-representações em ocupações profissionais que exigiam educação extensiva.

Imigração italiana nos Estados Unidos – Seu lar era a Itália

Para muitos imigrantes italianos, a migração para os Estados Unidos não pode ser interpretada como uma rejeição da Itália. Na verdade, foi uma defesa do modo de vida italiano, pois o dinheiro enviado para casa ajudou a preservar a ordem tradicional.

Em vez de buscar um lar permanente, eles desejavam uma oportunidade de trabalhar para viver. Com isso, na esperança de economizar dinheiro suficiente para voltar a uma vida melhor no país em que nasceram.

Imigração italiana nos Estados Unidos – “Pássaros de passagem”, termo utilizados pelos historiadores

Os historiadores usam a frase “pássaros de passagem” para descrever os imigrantes que nunca tiveram a intenção de fazer dos Estados Unidos seu lar eterno.

Então, incapazes de ganhar a vida em seus países de origem, eram trabalhadores migratórios. Assim, a maioria eram rapazes na adolescência ou na casa dos 20 anos. Devido a isso, planejavam trabalhar, economizar dinheiro e voltar para casa.

Eles deixaram para trás seus pais, esposas jovens e filhos, indícios de que sua ausência não seria longa. Antes de 1900, cerca de 78% dos imigrantes italianos eram homens.

Muitos deles viajaram para a América no início da primavera, trabalharam até o final do outono. E depois voltaram aos climas mais quentes de seus lares no Sul da Europa durante o inverno. No geral, 20% a 30% dos imigrantes italianos voltaram para a Itália permanentemente.    

As mesmas forças de pressão populacional, desemprego e colapso das sociedades agrárias enviaram chineses, franco-canadenses. Além disso, também gregos, japoneses, mexicanos e eslavos aos Estados Unidos.

Ainda assim, embora esses migrantes tendam a se ver como “estrangeiros”, como migrantes temporários, a maioria ficou nos Estados Unidos para sempre.

E, então? Gostou desse breve resumo sobre a história da imigração italiana nos Estados Unidos? Conte-nos o que pensa!

Benini & Donato Cidadania Italiana

Resgatando suas origens

Processos de direito ao reconhecimento de cidadania italiana:

I – Processo administrativo no Brasil via consulado italiano;

II – Processo administrativo na Itália via comune;

III – Processo Judicial na Itália no Tribunal de Roma via “materno” ou “paterno” contra as filas consulares.