Crescimento da imigração italiana no Brasil

Crescimento da imigração italiana

Há pelo menos 31 milhões de brasileiros com ascendência italiana, de acordo com o governo italiano. Sendo assim, esse número refere-se a qualquer uma, seja de qual província eles sejam.

Segundo ainda dados do governo na Itália, o número de brasileiros com vínculos reais com a identidade e cultura italiana seria em torno de 3,5 a 4,5 milhões de pessoas.

Assim sendo, o estudioso Luigi Favero, em livro sobre a emigração italiana entre 1876 e 1976, apontou que os italianos estavam presentes no Brasil desde o Renascimento.

Então, os marinheiros e mercadores genoveses foram os primeiros a se estabelecer no Brasil colonial desde a primeira metade do século XVI. Isso porque muitos filhos de italianos emigraram para lá desde os tempos de Colombo até 1860.

Logo, o número de brasileiros com raízes italianas deve ter uma estimativa superior a 35 milhões.

Assim, o blog Benini & Donato Cidadania Italiana abordará sobre essa imigração italiana no Brasil bem como o seu crescimento. Então, vem conosco nessa grande viagem de descoberta!

E caso tenha alguma ligação parental na Itália, nos envie uma mensagem AQUI, pois você pode ser um candidato a reconhecer o direito da cidadania italiana.

Primeiras décadas da imigração italiana no Brasil

Apesar de vítimas de algum preconceito nas primeiras décadas e apesar das perseguições durante a Segunda Guerra Mundial, os brasileiros de ascendência italiana conseguiram se misturar e se incorporar sem problemas à sociedade brasileira.

Desse modo, muitos políticos, artistas, jogadores de futebol, modelos e personalidades brasileiros são ou foram ascendentes italianos. Entre os ítalo-brasileiros encontram-se vários governadores de estado, deputados, prefeitos e embaixadores.

Quatro presidentes do Brasil eram de ascendência italiana (embora nenhum dos três primeiros tenha sido eleito diretamente para tal cargo):

I – Pascoal Ranieri Mazzilli (presidente do Senado que atuou como presidente interino);

II – Itamar Franco (vice-presidente eleito de Fernando Collor, a quem ele acabou sendo substituído quando este foi destituído);

III – Emílio Garrastazu Médici (terceiro da série de generais que presidiram o Brasil durante o regime militar, também de ascendência basca);

IV – Jair Messias Bolsonaro (eleito em 2018).

Crescimento da imigração italiana no Brasil e prosperidade

Historicamente, os italianos foram divididos em dois grupos no Brasil. Assim sendo, os do Sul do Brasil viviam em colônias rurais, em contato principalmente com outras pessoas de ascendência italiana.

Já os italianos que vivem no Sudeste do Brasil, a região mais populosa do país, integraram-se rapidamente à sociedade brasileira.

Depois de alguns anos trabalhando em plantações de café, alguns imigrantes ganharam dinheiro suficiente para comprar suas próprias terras e se tornarem agricultores.

Outros deixaram o campo e se mudaram para os centros urbanos, principalmente, São Paulo, Campinas, São Carlos e Ribeirão Preto. Logo, uma pequena minoria ficou muito rica no processo e atraiu mais imigrantes italianos.

Início do século XX

No início do século XX, São Paulo passou a ser conhecida como a Cidade dos Italianos. Pois, 31% de seus habitantes eram de nacionalidade italiana em 1900.

Desse modo, a cidade de São Paulo tinha a segunda maior população de ascendentes de italianos no mundo nessa época, atrás apenas de Roma.

Em Campinas, as placas de rua em italiano eram comuns. E um grande setor comercial e de serviços de propriedade de ítalo-brasileiros se desenvolveu.

Além disso, mais de 60% da população tinha sobrenomes italianos. Hoje, cerca de 30% da população de Belo Horizonte é de ascendência italiana.

Os imigrantes italianos foram muito importantes para o desenvolvimento de muitas das grandes cidades do Brasil, como São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte.

As más condições nas áreas rurais fizeram com que milhares de italianos se mudassem para essas grandes cidades. Então, a maioria deles tornou-se operária e participou ativamente da industrialização do Brasil no início do século XX.

Influências italianas

Outros se tornaram investidores, banqueiros e industriais, como o conde Matarazzo, cuja família se tornou a mais rica industrial de São Paulo. E onde conquistou mais de 200 indústrias e negócios. No Rio Grande do Sul, 42% das empresas industriais têm raízes italianas.

Os italianos e seus filhos, netos também se organizaram rapidamente e estabeleceram sociedades de ajuda mútua (como o Circolo Italiano), hospitais, escolas (como o Instituto Colégio Dante Alighieri, em São Paulo).

Também sindicatos, jornais como Il Piccolo da Mooca e Fanfulla (para toda a cidade até São Paulo), revistas, rádios e times de futebol associativo como:

  • Clube Atlético Votorantim, o antigo Sport Club Savóia de Sorocaba, Clube Atlético Juventus de italianos Brasileiros da Mooca (antigo bairro operário de São Paulo) e os grandes clubes (que tinham o mesmo nome). Por fim, Palestra Itália, posteriormente, renomeado para: Sociedade Esportiva Palmeiras em São Paulo e Cruzeiro Esporte Clube em Belo Horizonte.

E, então? Que tal compartilhar conosco o seu parecer a respeito desse crescimento da imigração italiana no Brasil? E deixe nos comentários seu sobrenome italiano.

Benini & Donato Cidadania Italiana

Resgatando suas origens

Processos de direito ao reconhecimento de cidadania italiana:

I – Processo administrativo no Brasil via consulado italiano;

II – Processo administrativo na Itália via comune;

III – Processo Judicial na Itália no Tribunal de Roma via “materno” ou “paterno” contra as filas consulares.

Imigração italiana no Sul e Sudeste do Brasil

A imigração italiana ocorreu, principalmente, na região sudeste do Brasil. Logo, mais precisamente, no estado de São Paulo. Assim, cerca de 70% dos imigrantes italianos se estabeleceram na terra paulistana.

E, por conta disso, há mais pessoas com ascendência italiana em São Paulo que qualquer outra área da própria Itália. E os demais foram, principalmente, para os estados de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.

No entanto, muitos italianos, os descendentes da 2ª e 3ª gerações passaram a morar em outras áreas. Assim, já no início do século XX, os trabalhadores italianos rurais que residiam no Rio Grande do Sul migraram para Santa Catarina (região oeste do estado). E, depois, foram para o norte catarinense, estabelecendo-se logo mais no estado do Paraná.

Recentemente, a 3ª e a 4ª gerações migraram para outras áreas brasileiras. Assim sendo, é possível encontrar pessoas de ascendência italiana em regiões do Brasil onde os imigrantes nunca se estabeleceram.

Então, nesse sentido, pode-se destacar a região do Cerrado Centro-Oeste, no Nordeste. E também na região da Amazônia, Norte do Brasil.

Para você compreender melhor, o blog Benini & Donato Cidadania Italiana trouxe informações sobre essa imigração italiana. E, exclusivamente, na região Sul e Sudeste, pois foram as primeiras terras onde os italianos pisaram.

Imigração italiana no Sul do Brasil

Como lido, os principais locais em que o Brasil recebeu a colonização italiana foram as regiões Sul e Sudeste. Então, especificamente, são estes os estados:

  • São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo e Minas Gerais.

Sendo assim, a Serra Gaúcha (terras altas do Rio Grande do Sul) recebeu as primeiras colônias povoadas por italianos. E seus imigrantes Garibaldi e Bento Gonçalves vieram, predominantemente, de Vêneto, ao Norte da Itália.

Em 1880, o governo brasileiro criou outra colônia italiana devido a chegada de um grande número de imigrantes italianos. Então, essa colônia criada foi em Caxias do Sul/RS.

Depois de se estabelecerem nessas colônias criadas pelo governo brasileiro, muitos imigrantes italianos começaram a se espalhar para outras áreas gaúchas. E o objetivo é simples: eles queriam buscar melhores oportunidades.

Sendo assim, por conta própria, passaram a criar outras colônias italianas. E isso ocorreu, principalmente, nas terras altas. Pois, as baixas já estavam sendo povoadas por imigrantes gaúchos nativos e também por alemães. 

Desse modo, o surgimento de vinhedos na região estabeleceu-se com os italianos. Sendo assim, o vinho produzido nessas regiões de colonização italiana no Sul do Brasil estavam sendo muito apreciado.

Inclusive, em Santa Catarina e no estado ao Norte do Rio Grande do Sul, estabeleceram-se as primeiras colônias italianas, no ano de 1875. Logo, dessas colônias originaram-se algumas cidades, tais como a de Criciúma/SC.

Posteriormente, as colônias italianas se espalharam mais ao Norte, até que chegaram no estado do Paraná.

A importância da imigração italiana para o Sul

Os imigrantes italianos da colônia ao Sul do Brasil se fechavam em si mesmos, isto é, falavam seus dialetos italianos nativos para preservar a fala. E também para manter as suas tradições e suas culturas.

Entretanto, com o tempo, eles se tornaram totalmente integrados econômica e culturalmente na sociedade. De qualquer forma, a imigração italiana para o Sul do Brasil foi muito importante para o desenvolvimento econômico. Como também para a cultura dessa região.

Imigração italiana no Sudeste do Brasil

As colônias do Sul do Brasil foram os locais em que os imigrantes italianos se instalaram. Todavia, como dito no início desse post, a maioria se estabeleceu na região Sudeste do Brasil, principalmente, no estado de São Paulo.

No princípio, o governo brasileiro se responsabilizava por trazer os imigrantes, na maioria das vezes, pagando o transporte por navio. Logo depois, os responsáveis eram os fazendeiros que faziam contratos com imigrantes ou empresas especializadas para recrutar trabalhadores italianos.

Assim sendo, muitos cartazes foram espalhados na Itália, com fotos do Brasil, vendendo a ideia de que lá todo mundo poderia enriquecer trabalhando com o café. E esse café era chamado pelos imigrantes italianos de “ouro verde”.

Desse modo, a maioria dos cafezais localizava-se em São Paulo e em Minas Gerais. Também no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, porém, em menores proporções.

No século XIX, o Rio de Janeiro declinava como produtor agrícola e São Paulo já havia se destacado como produtor /exportador de café por volta do início do século XX.

Então, além disso, São Paulo também era um grande produtor de açúcar e outras safras importantes. Assim, os migrantes eram naturalmente mais atraídos pelo estado de São Paulo e pela região Sul do Brasil.

Trabalho escravo para os imigrantes italianos no Sudeste do Brasil

Os italianos costumavam migrar para o Brasil com toda a sua família. Logo, os colonos, como estavam sendo chamados os imigrantes rurais, tinham que assinar um contrato com o fazendeiro.

E assim estavam sendo obrigados a trabalhar na lavoura de café por um período mínimo de tempo. No entanto, a situação não era fácil, pois muitos fazendeiros brasileiros estavam acostumados a comandar escravos. Além disso, eles tratavam os imigrantes como servos ao qual realiza trabalho forçado.

Enquanto, no Sul do Brasil, os imigrantes italianos viviam em colônias relativamente bem desenvolvidas, no Sudeste do Brasil viviam em condições de semiescravidão nas plantações de café.

Por consequência disso, houve muitas rebeliões contra os fazendeiros brasileiros. Também tiveram denúncias públicas causando grande comoção na Itália. Com isso, forçou o governo italiano a editar o Decreto Prinetti, o qual estabelecia barreiras à imigração para o Brasil.

Você, provavelmente, tem ascendência italiana se mora em uma dessas duas regiões, Sul ou Sudeste. Então, saiba que você pode ter o direito de reconhecimento da cidadania italiana.

Caso queira mais informações, a nossa empresa terá o prazer de atendê-lo. Então, nos envie uma mensagem AQUI e conte-nos sobre sua história.

Que tal contar um pouco de seu conhecimento sobre a imigração italiana na região Sul e Sudeste do país? Fique à vontade para comentar abaixo!

Benini & Donato Cidadania Italiana

Resgatando suas origens

Processos de direito ao reconhecimento de cidadania italiana:

I – Processo administrativo no Brasil via consulado italiano;

II – Processo administrativo na Itália via comune;

III – Processo Judicial na Itália no Tribunal de Roma via “materno” ou “paterno” contra as filas consulares.