Capturando as aspirações de uma nova era, a arte e a arquitetura românica deram início a uma revolução na construção. E também na decoração arquitetônica e na narrativa visual.
Assim sendo, a partir da segunda parte do século X e XII, a Europa experimentou relativa estabilidade política. Ademais, se viu crescimento econômico e mais prosperidade durante esse tempo.
E, juntamente com o número crescente de centros monásticos, bem como o surgimento de universidades, um novo ambiente para arte e arquitetura que não foi encomendado apenas por imperadores e nobres estava nascendo.
Então, com o uso de arcos arredondados, paredes maciças, pilares e abóbadas de barril e costelas, o período românico viu um renascimento da arquitetura em grande escala. Assim sendo, era quase como uma fortaleza em adição a um novo interesse em formas humanas expressivas.
Logo, com a Igreja Romana como patrono principal, os trabalhos em metal românico, a cantaria e os manuscritos iluminados espalharam-se pela Europa, do Mediterrâneo à Escandinávia, criando um estilo internacional que se adaptou às necessidades e influências regionais.
Então, dentro desse contexto, o blog Benini & Donato Cidadania italiana abordará hoje (20.12.2021) um breve resumo sobre a arquitetura e arte românica. Então, confira mais informações abaixo!
Resumo da Arquitetura e Arte Românica
Historiadores da arte do século XIX que cunharam o termo pensamento românico, a arquitetura de pedra pesada e a representação estilizada da forma humana não correspondiam aos padrões das ideias clássicas do humanismo (manifestadas mais tarde e poderosamente no Humanismo da Renascença).
Todavia, agora reconhecemos que a arte e a arquitetura românica combinaram de forma inovadora as influências clássicas, vistas nas ruínas romanas espalhadas por todo o interior da Europa.
E em manuscritos e mosaicos iluminados bizantinos, com os estilos decorativos. Logo, mais abstratos de tribos do norte anteriores para criar a base da arquitetura cristã ocidental nos séculos vindouros.
Enquanto precursor imediato ao estilo gótico, o românico veria reviver entre os séculos XVII e XIX, como os arquitetos vieram apreciar a clareza e a natureza formidável da fachada românica. Enfim, quando aplicado através de uma variedade de edifícios, de lojas de departamentos a edifícios universitários.
Ideias-chave e realizações da arquitetura e arte românica
Junto com a nova segurança política e econômica, a difusão da Igreja Romana e a codificação dos rituais e liturgias encorajou os fiéis a fazerem peregrinações.
E também ficaram viajando de igreja em igreja, homenageando mártires e relíquias a cada parada. Desse modo, o benefício econômico dessa viagem às cidades levou a um rápido desenvolvimento arquitetônico, no qual as cidades competiam por igrejas cada vez mais grandiosas.
Além disso, elevadas abóbadas de pedra substituíram os telhados de madeira, as entradas das principais igrejas tornaram-se mais monumentais e esculturas arquitetônicas decorativas floresceram nas fachadas das igrejas.
Enquanto muitas igrejas continuaram a usar a abóbada de berço, durante o período românico os arquitetos desenvolveram a abóbada nervurada. Com isso, permitiu que as abóbadas fossem mais leves e mais altas. Logo, mais janelas na parte superior da estrutura.
A abóbada nervurada seria mais plenamente desenvolvida e utilizada durante o período gótico subsequente. E mais importantes exemplos precoces no século XI ao definir o precedente.
Uso da iconografia visual
Durante o período românico, o uso da iconografia visual para fins didáticos tornou-se predominante. Como a maioria das pessoas fora das ordens monásticas era analfabeta, cenas religiosas complexas foram usadas para guiar e ensinar aos fiéis a doutrina cristã.
Sendo assim, os arquitetos desenvolveram o uso do tímpano, a área em arco acima das portas da igreja. E para mostrar cenas como o Juízo Final para definir o clima ao entrar na igreja.
Além de outras histórias bíblicas, santos e profetas decoraram portas internas e externas, paredes e capitéis para guiar as orações dos adoradores.
Arte e artistas importantes da arquitetura e arte românica
1063-1092 – Duomo di Pisa
A entrada da Catedral de Pisa, feita de pedra local de cor clara, tem três portais dispostos simetricamente. Para tanto, sendo o portal central o maior, com quatro arcadas cegas ecoando seu efeito.
Também os arcos redondos acima do portal e as arcadas criam um efeito unificador, assim como as colunas que enquadram cada entrada. Ademais, o edifício é um exemplo do que se convencionou chamar de Românico de Pisa.
Até porque sintetiza elementos da arquitetura românica lombarda, bizantina e islâmica. Então, faixas lombardas de pedra colorida emolduram as colunas e arcos e se estendem horizontalmente.
Acima das portas, pinturas que representam a Virgem Maria inspiram-se na arte bizantina. E, no topo dos sete arcos redondos, diamantes e formas circulares em padrões geométricos de pedras coloridas.
Buscheto e Rainaldo – Dois arquitetos que deixaram legado
Desse modo, os nomes de dois arquitetos, Buscheto e Rainaldo, foram inscritos na igreja, embora pouco se saiba deles, exceto por este projeto. Logo, Buscheto foi o projetista inicial da praça que, junto com a Catedral, incluía a famosa Torre Inclinada de Pisa, feita no mesmo estilo românico e o Batistério.
Após sua morte, Rainaldo expandiu a catedral em 1100, de quem sua inscrição dizia: “Rainaldo, o hábil operário e mestre construtor, executou este trabalho maravilhoso e caro, e o fez com incrível habilidade e engenhosidade”.
Além disso, dedicada à Assunção da Virgem Maria, a igreja foi consagrada em 1118 pelo Papa Gelásio II. Logo, a construção da igreja foi informada pela era política e cultural, pois pretendia rivalizar com a Basílica de São Marcos que estava sendo reconstruída em Veneza, uma cidade-estado marítima concorrente.
Então, o prédio foi financiado com os despojos da guerra, da derrota de Pisa sobre as forças muçulmanas na Sicília. E foi construído fora dos muros para mostrar que a cidade não tinha nada a temer.
Agora, a praça de Pisa se tornou um símbolo da própria cidade. Então, como mostrado pelo famoso escritor italiano Gabriele D’Annunzio chamando a praça de “prato dei Miracoli” ou “prado dos milagres” em 1910.
Enfim, a praça é conhecida desde então como o “Campo dos Milagres.”
Aqui você leu um breve resumo sobre a arquitetura e arte românica e esperamos que tenha sido de grande utilidade conhecer um pouco. E, se desejar, comente o que achou!
Benini & Donato Cidadania Italiana
Resgatando suas origens
Processos de direito ao reconhecimento de cidadania italiana:
I – Processo administrativo no Brasil via consulado italiano;
II – Processo administrativo na Itália via comune;
III – Processo Judicial na Itália no Tribunal de Roma via “materno” ou “paterno” contra as filas consulares.